Ainda os Cartoons
José Manuel Fernandes prestou um mau serviço à causa da liberdade de expressão, com o editorial de hoje.
Considerar o religioso como um tabu, significa ignorar toda uma tradição de crítica e sátira intrínseca à Civilização Ocidental.
Regermo-nos apenas pelo “bom senso” de que fala o senhor director do Público, significa abdicarmos de parte daquilo que somos, da capacidade de exercitar a crítica e o humor sobre a religião; em suma, uma regressão civilizacional.
Infelizmente, pelo teor das reportagens nas páginas do público e pelas diversas reacções por esse mundo fora, José Manuel Fernandes não está sozinho. Tem consigo uma miríade de gente; dos fiéis de uma religião que convive mal com a liberdade de expressão aos zelotas do politicamente correcto e do multiculturalismo, sempre prontos a amordaçar o pensamento e a ver na crítica ao Islão laivos de racismo ou xenofobia.
Não está em causa o direito à indignação dos muçulmanos (embora reacções desta magnitude face ao derisório indiciem que algo vai mal nesta religião). O que é inaceitável é o cortejo de ameaças e as pressões de toda a ordem para punir os cartoonistas.
Este é tão-só uma caso de liberdade de expressão, mas infelizmente José Manuel Fernando escolheu outro caminho. O caminho do “bom senso”.
Considerar o religioso como um tabu, significa ignorar toda uma tradição de crítica e sátira intrínseca à Civilização Ocidental.
Regermo-nos apenas pelo “bom senso” de que fala o senhor director do Público, significa abdicarmos de parte daquilo que somos, da capacidade de exercitar a crítica e o humor sobre a religião; em suma, uma regressão civilizacional.
Infelizmente, pelo teor das reportagens nas páginas do público e pelas diversas reacções por esse mundo fora, José Manuel Fernandes não está sozinho. Tem consigo uma miríade de gente; dos fiéis de uma religião que convive mal com a liberdade de expressão aos zelotas do politicamente correcto e do multiculturalismo, sempre prontos a amordaçar o pensamento e a ver na crítica ao Islão laivos de racismo ou xenofobia.
Não está em causa o direito à indignação dos muçulmanos (embora reacções desta magnitude face ao derisório indiciem que algo vai mal nesta religião). O que é inaceitável é o cortejo de ameaças e as pressões de toda a ordem para punir os cartoonistas.
Este é tão-só uma caso de liberdade de expressão, mas infelizmente José Manuel Fernando escolheu outro caminho. O caminho do “bom senso”.