Deste nosso capitalismo
Rezam as crónicas que os pequenos accionistas votaram esmagadoramente em Cadilhe. E que estavam em maioria na magna assembleia do maior banco privado do país. Mas como o capitalismo popular tem limites, eles nada puderam contra os grandes accionistas do BCP, que numa manifestação unitária apoiaram Santos Ferreira, o candidato patrocinado pelos círculos do governo. Santos Ferreira obteve 97,8% dos votos, números que por certo Kim Jong-Il não desdenharia.
Bem podem os senhores grandes accionista e gestores milionários passearem-se por congressos de Compromisso Portugal, apregoarem aos setes ventos o quão liberais são, que no fim tudo vai dar ao Estado. Ao Estado e ao seu generoso guarda-chuva. E a roupagem yuppie por si só não apaga o velho lastro da história. O velho lastro de nepotismo, como o exemplo do BCP demonstra à saciedade. É vê-los apregoar aos outros, aos assalariados, as virtudes da meritocracia, enquanto ganham os favores do Estado por meio de milionárias concessões monopolistas.
Há quem se escandalize pelas esmolas que o Estado concede a agentes culturais, gritando "alto lá, que é dinheiro dos contribuintes!". Mas que já nada diz quando se trata de negócios à la Lusoponte.
Bem podem os senhores grandes accionista e gestores milionários passearem-se por congressos de Compromisso Portugal, apregoarem aos setes ventos o quão liberais são, que no fim tudo vai dar ao Estado. Ao Estado e ao seu generoso guarda-chuva. E a roupagem yuppie por si só não apaga o velho lastro da história. O velho lastro de nepotismo, como o exemplo do BCP demonstra à saciedade. É vê-los apregoar aos outros, aos assalariados, as virtudes da meritocracia, enquanto ganham os favores do Estado por meio de milionárias concessões monopolistas.
Há quem se escandalize pelas esmolas que o Estado concede a agentes culturais, gritando "alto lá, que é dinheiro dos contribuintes!". Mas que já nada diz quando se trata de negócios à la Lusoponte.