segunda-feira, outubro 04, 2004

Graham Greene

Graham Greene
Fez, no sábado passado, 100 anos que nasceu Graham Greene.
Cedo na adolescência tive a sorte de lhe conhecer as escritas, de imediatamente ficar preso à sua maneira de contar histórias, por vezes pouco piedosas para o Homem representado nos seus personagens. Serei mais um dos que dizem que o Nobel lhe fugiu injustamente, mas se o tivesse recebido teria porventura tido a oportunidade de conhecer por dentro esse processo de nomeações e os homens que nele participam, achando nele mais um alvo da sua escrita.
Da sua conversão ao catolicismo, às suas viagens e trabalhos de espionagem (que o ligou a Portugal durante a II G.M.), a satisfação de contrariar a sociedade onde vivia (a sua ligação à "toupeira" Kim Philby e algumas admirações pela URSS), à sua movimentada vida amorosa; tudo terá contribuído para os seus textos.

A BBc dedica-lhe uma página com uma entrevista, um quiz sobre o autor (acertei 8 em 10...) e vários links sobre assuntos com ele relacionados.
Aqui ficam, também, algumas frases do artigo da "The Economist" (link premium), lembrando a publicação do 3º volume da sua biografia por Norman Sherry:
"At school, where his father was headmaster, he rebelled against the established church and all forms of militarism and sport. The psychoanalysis he underwent at 16 softened his sense of alienation, yet this compelling and compulsive novelist was always a mischievous figure, a gadfly delighting in mocking the establishment into which he was born."

"His behaviour was rarely less than louche. Evelyn Waugh, a friend, called him a voluptuary."

"Yet Greene never shirked the concept of good and evil. Indeed, he converted to Roman Catholicism in 1926 when he became “convinced of the probable existence of something we call God”. His Catholicism informs a persistent moral debate—though not quite in the way the Church intended. His priests are often weak, and Greene is no admirer of piety. Take the narrator in “The Heart of the Matter”, for example: “The truth, he thought, has never been of any real value to any human being. In human relations, kindness and lies are worth a thousand truths.”"

"Greene himself said that his behaviour was an escape from deep boredom that had chased him since his schooldays. Escape took many forms: travelling, writing, and being in love, including multiple affairs, notably with Catherine Walston."[fonte de inspiração para "O Fim da Aventura"].