O incoerente ou o incompetente?
Era esta a pergunta que a The Economist fazia a si mesma, no intuito de decidir para que candidato às presidenciais americanas teria o seu apoio, o qual tem o peso da respeitabilidade da revista.
Tenho a certeza que quem quer que leia este texto, está-se marimbando para o que eu penso. E com razão. Não tenho voto na matéria nem poder de influência para alterar um voto que seja em que Estado da União seja.
Nunca me passaria pela cabeça escutar a opinião de um John Doe qualquer sobre se hei-de votar no Prof. Cavaco ou no Eng. Guterres nas próximas eleições. Ser-me-ia completamente irrelevante.
Mas tenho direito à minha opinião.
Não acredito que a vitória de Kerry traga grandes alterações à visão que os extremistas islamitas têm do ocidente pecaminoso e satânico. Nesse cenário em que o terror é feito de atentados contra alvos claramente civis em todo o mundo, em que barbaramente se raptam, decapitam ou dinamitam civis empenhados na ajuda humanitária (ainda não esqueci Sérgio Vieira de Melo), as evidências apontam para uma clivagem profunda na concepção do futuro da Humanidade: uma sociedade livre e democrática ou totalitária e medieval. Não acredito que os americanos aceitem de Kerry qualquer concessão nesta área e não acredito que Bush altere a sua posição de força contra os terroristas.
Quanto à economia, Bush não primou pela redução do peso do estado, conceito habitualmente basilar nos conservadores americanos. As sua reformas no apoio médico elevaram a conta a pagar pelas gerações futuras. De resto, as sua ideias parecem mais interessantes que as populistas medidas proteccionistas propostas por Kerry que lhes junta uma maior acção federal nas políticas sociais. Este proteccionismo terá um impacto negativo na economia americana e no resto da economia mundial, numa altura em que o movimento de liberalização ganha terreno na OMC.
Assim, compreendo a indecisão dos actuais editores da The Economist, dados os credos do seu fundador : "James Wilson (...) believed in free trade, internationalism and minimum interference by government, especially in the affairs of the market."
Por isso, entre os dois, vão os americanos e escolham. Eu por mim sei como votaria - embora, como já disse, saber isso não tem interesse para ninguém.
Tenho a certeza que quem quer que leia este texto, está-se marimbando para o que eu penso. E com razão. Não tenho voto na matéria nem poder de influência para alterar um voto que seja em que Estado da União seja.
Nunca me passaria pela cabeça escutar a opinião de um John Doe qualquer sobre se hei-de votar no Prof. Cavaco ou no Eng. Guterres nas próximas eleições. Ser-me-ia completamente irrelevante.
Mas tenho direito à minha opinião.
Não acredito que a vitória de Kerry traga grandes alterações à visão que os extremistas islamitas têm do ocidente pecaminoso e satânico. Nesse cenário em que o terror é feito de atentados contra alvos claramente civis em todo o mundo, em que barbaramente se raptam, decapitam ou dinamitam civis empenhados na ajuda humanitária (ainda não esqueci Sérgio Vieira de Melo), as evidências apontam para uma clivagem profunda na concepção do futuro da Humanidade: uma sociedade livre e democrática ou totalitária e medieval. Não acredito que os americanos aceitem de Kerry qualquer concessão nesta área e não acredito que Bush altere a sua posição de força contra os terroristas.
Quanto à economia, Bush não primou pela redução do peso do estado, conceito habitualmente basilar nos conservadores americanos. As sua reformas no apoio médico elevaram a conta a pagar pelas gerações futuras. De resto, as sua ideias parecem mais interessantes que as populistas medidas proteccionistas propostas por Kerry que lhes junta uma maior acção federal nas políticas sociais. Este proteccionismo terá um impacto negativo na economia americana e no resto da economia mundial, numa altura em que o movimento de liberalização ganha terreno na OMC.
Assim, compreendo a indecisão dos actuais editores da The Economist, dados os credos do seu fundador : "James Wilson (...) believed in free trade, internationalism and minimum interference by government, especially in the affairs of the market."
Por isso, entre os dois, vão os americanos e escolham. Eu por mim sei como votaria - embora, como já disse, saber isso não tem interesse para ninguém.