Velho sindicato, velha política
Ontem, a estátua de Bocage observou lá do alto a concentração que a União de Sindicatos de Setúbal (USS), ligada à CGTP, realizou naquela praça. O coordenador, Rui Paixão, em entrevista ao Setúbal na Rede aponta a solução para o problema do desemprego no distrito de Setúbal:
«uma "aposta forte na indústria transformadora” no distrito que, “por tradição, é industrial e tem muita mão-de-obra especializada nesta área”. “É a indústria transformadora que cria riqueza e emprego”»
« A USS exige também “uma revisão dos aspectos mais graves do código de trabalho” e um “forte combate ao desemprego”. »
«As políticas sociais, no âmbito da saúde, segurança social e ensino, também “necessitam de uma grande mudança”. Estas três áreas “sofreram um violento ataque” que representa um “grande retrocesso” e “coloca em causa o sistema público a favor das entidades financeiras”. A Segurança Social deve ser “pública e universal” e “promover a sua sustentabilidade financeira”. A USS apela ainda para a necessidade de um política que “revitalize o Serviço Nacional de Saúde” e também para a “defesa de uma Escola Pública de Qualidade para todos”.»
Os velhos dogmas da esquerda sindical continuam todos lá. A julgar pelo ajuntamento que a fotografia deixa perceber, quem não parece estar lá são as "massas populares".