segunda-feira, fevereiro 28, 2005

Ambientalismo e propriedade

"Mais de 30 por cento da área do Parque Natural da Arrábida é propriedade privada. Não faz sentido que, em alguns casos, os proprietários sejam impedidos de entrar e de residir nas propriedades que lhes pertencem" via Diário Digital

Quem o diz é Carlos Sousa, presidente da Câmara M. de Setúbal, a propósito do Plano de Ordenamento do Parque Natural da Arrábida (POPNA) elaborado pelos Instituto de Agronomia e Instituto de Conservação da Natureza. Deve-se recordar que o edil setubalense, anterior edil de Palmela, foi eleito pela CDU. Em conjunto com os colegas de Palmela e Sesimbra, rejeita o Plano e considera que se esqueceu "o contributo da comunidade residente no interior do Parque Natural da Arrábida para a preservação ambiental daquela zona protegida."
Uma vez mais, parece que estamos perante um caso em que o ambientalismo legislado esquece de envolver os proprietários na protecção dos seus bens e segue uma visão probicionista.
Sobre este tema, leia-se a série de posts de João Miranda no Blasfémias, intulada "O Ambientalista Liberal".