Habituem-se
Agora que o PS está a preparar-se para anunciar os nomes do governo socrático, começa a sentir o escrutínio da comunicação social. Para começar, António Vitorino já deixou o seu aviso para a História: "O Governo do PS não será feito pela comunicação social nem na comunicação social. Habituem-se."
Estou curioso para saber como vão agir aqueles que achavam que o último governo da coligação vivia ao ritmo da agenda dos media. Não sei se os planeadores do choque tecnológico notaram, mas a sociedade da informação é uma realidade, é mais que um cliché usado para enquadrar a velocidade de circulação de notícias. Nessa sociedade as formas de transmitir informação multiplicam-se com o passar dos dias. A novidade dos blogs depressa dará lugar a outra. Os meios que propiciam essas trocas vivem maioritariamente de audiências, de publicidade. Quem tiver a notícia do momento, quem a tiver todos os dias, de preferência várias vezes ao dia, ganha. E é de dinheiro e influência que falo. Então, qual é o combustível deste mercado? São os conteúdos, as notícias, mesmo aquelas que vêm de fontes com os ouvidos colados à porta do escritório do noticiado e que no fim se revela sofrerem de surdez. Se estas notícias provocarem reacções dos personagens que estão nelas contidos, teremos uma maximização do impacto e do ganho por ela gerado. Este ganho pode ser favorável também a quem está no centro da discussão. A superioridade sobre os demais é estabelecida pela capacidade de gerir o caminho e proporção que a notícia toma, em que meios e por quem, ela é tratada.
Será este governo PS e a sua clientela partidária mais imune, a esta sociedade de informação em crescendo, que os seus predecessores?
Estou curioso para saber como vão agir aqueles que achavam que o último governo da coligação vivia ao ritmo da agenda dos media. Não sei se os planeadores do choque tecnológico notaram, mas a sociedade da informação é uma realidade, é mais que um cliché usado para enquadrar a velocidade de circulação de notícias. Nessa sociedade as formas de transmitir informação multiplicam-se com o passar dos dias. A novidade dos blogs depressa dará lugar a outra. Os meios que propiciam essas trocas vivem maioritariamente de audiências, de publicidade. Quem tiver a notícia do momento, quem a tiver todos os dias, de preferência várias vezes ao dia, ganha. E é de dinheiro e influência que falo. Então, qual é o combustível deste mercado? São os conteúdos, as notícias, mesmo aquelas que vêm de fontes com os ouvidos colados à porta do escritório do noticiado e que no fim se revela sofrerem de surdez. Se estas notícias provocarem reacções dos personagens que estão nelas contidos, teremos uma maximização do impacto e do ganho por ela gerado. Este ganho pode ser favorável também a quem está no centro da discussão. A superioridade sobre os demais é estabelecida pela capacidade de gerir o caminho e proporção que a notícia toma, em que meios e por quem, ela é tratada.
Será este governo PS e a sua clientela partidária mais imune, a esta sociedade de informação em crescendo, que os seus predecessores?