O lado a lado
O debate de ontem deixou-me saudades dos frente a frente que incluiam interrupções múltiplas. Costuma-se dizer que as conversas são como as cerejas. Um tema leva a outro, um argumento recebe um contra-argumento e no fim conduz-se o adversário a ojectivar assuntos que ficariam só tocados pela rama. Pode ser menos civilizado e produzir mais ruído (em volume e interferência na comunicação) mas permite avaliar melhor a convicção, os conhecimentos e propósitos dos debatentes por recorrerem menos à pré-programação. Disto foi exemplo Sócrates que para as declarações finais recorreu a dois cartões, onde teria as frases chave que não poderia deixar de dizer.
Do formato usado ontem retenho o facto de Sócrates receber a 1ª pergunta e por isso ter sido sempre ele a introduzir um determinado tema, estabelecendo os pontos em discussão . As perguntas não foram iguais para ambos e os jornalistas interromperam por vezes com novas questões, o que dado o tempo de resposta limitado, levou a quebras de raciocínio e à não conclusão de argumentação. Santana Lopes deu-me ideia de ser mais pragmático face às propostas pouco concretas de Sócrates, como no caso dos estágios (ou outro nome que o PS lhes dê) dos tais 1000 licenciados. Mais uma vez, ninguém falou da redução do peso do sector público e do abaixamento das despesas dministrativas do estado, enunciando medidas práticas - boas intenções têm todos. Por fim lamento que o limitado tempo de debate deixasse de fora temas como a política externa (e o futuro na UE) e a justiça.
Do formato usado ontem retenho o facto de Sócrates receber a 1ª pergunta e por isso ter sido sempre ele a introduzir um determinado tema, estabelecendo os pontos em discussão . As perguntas não foram iguais para ambos e os jornalistas interromperam por vezes com novas questões, o que dado o tempo de resposta limitado, levou a quebras de raciocínio e à não conclusão de argumentação. Santana Lopes deu-me ideia de ser mais pragmático face às propostas pouco concretas de Sócrates, como no caso dos estágios (ou outro nome que o PS lhes dê) dos tais 1000 licenciados. Mais uma vez, ninguém falou da redução do peso do sector público e do abaixamento das despesas dministrativas do estado, enunciando medidas práticas - boas intenções têm todos. Por fim lamento que o limitado tempo de debate deixasse de fora temas como a política externa (e o futuro na UE) e a justiça.