quinta-feira, março 17, 2005

OGM no Burkina Faso

«O Burkina Faso, um dos países mais pobres do Mundo, foi o primeiro país da África Ocidental a permitir experiências com algodão genéticamente modificado. O país não pode fechar a portas às chances dadas pelas novas tecnologias, anunciou o Ministro da Agricultura burquinabe.
"Alguns intelectuais dizem que a tecnologia genética verde vai destruir a produção de algodão e não só...mas nós já visitamos os campos! E também o Ministro da Agricultura disse que quem cultivar algodão geneticamente modificado irá ter melhores colheitas. Sem tecnologia genética verde nunca o iremos conseguir. Ou seja, a nossa esperança é poder começar a cultivar o novo algodão o mais depressa possível, para resolvermos os nossos problemas." [François Tani, agricultor]
"Após dois anos de pesquisa, podemos confirmar: o gene é eficaz contra os parasitas mais importantes. Em relação à questão de saber se os parasitas conseguem criar resistência ao gene, até ao momento ainda não observámos nada nesse sentido. E ainda constatámos um aumento da produção, na ordem dos 20 e os 28%." [Dr. Oula Traoré do instituto nacional de pesquisa, INERA]
"Na Europa, têm a sorte de viver actualmente numa sociedade que pode optar. Quando se entra num supermercado europeu quase já não se sabe por onde começar, tal é a escolha. Lá têm centenas de iogurtes diferentes e se calhar 200 marcas de chocolate – mas aqui no Burkina Faso estamos muito longe dessa situação. Aqui existem chefes de família que nem sequer têm cereal suficiente para alimentar os filhos. Muitas vezes um pai apenas pode dar uma mão cheia de cereal a cada membro da família. E estes comem-no assim como está. Porque a quantidade mínima não chega para fazer dele uma massa. E nesta situação: se tivermos alguma possibilidade de aumentar a nossa produtividade – temos alguma hipótese de escolha?" [Mohamed Ba, agricultor]» via Deutsche Welle.