José Manuel Fernandes e o Papa
No editorial do Público de ontem, José Manuel Fernandes exultava com a eleição do Cardeal Ratzinger, chegando mesmo a estabelecer um paralelismo entre o combate ao comunismo, levado a cabo por João Paulo II, e a missão evangelizadora do novo Papa face à ditadura do relativismo que grassa na Europa.
Em suma, o Papa Bento XVI estaria para a Europa como o Presidente Bush está para os EUA, em ambos o mesmo combate contra um mundo amoral, sem hierarquias e valores.
Move-se José Manuel Fernandes num quadro maniqueísta, em que a moral não existe fora da religião.
Abeiramo-nos perigosamente do abismo da anomia social, pois andamos desavindos com o cristianismo. Para nós, europeus, não há salvação fora da Igreja. Abandonemos, pois, os ídolos criados no caldo de uma cultura de massas muito capitalista, da música Rock à Pop (que o nosso Papa tão bem destrinça), o feminismo, o culto dos anos 60 e o egotismo.
É, sem surpresa, uma lógica de exclusão, e na longa lista de anátemas figura também o liberalismo. Talvez o espírito de José Manuel Fernandes tenha sido expurgado desta ideologia.
Em suma, o Papa Bento XVI estaria para a Europa como o Presidente Bush está para os EUA, em ambos o mesmo combate contra um mundo amoral, sem hierarquias e valores.
Move-se José Manuel Fernandes num quadro maniqueísta, em que a moral não existe fora da religião.
Abeiramo-nos perigosamente do abismo da anomia social, pois andamos desavindos com o cristianismo. Para nós, europeus, não há salvação fora da Igreja. Abandonemos, pois, os ídolos criados no caldo de uma cultura de massas muito capitalista, da música Rock à Pop (que o nosso Papa tão bem destrinça), o feminismo, o culto dos anos 60 e o egotismo.
É, sem surpresa, uma lógica de exclusão, e na longa lista de anátemas figura também o liberalismo. Talvez o espírito de José Manuel Fernandes tenha sido expurgado desta ideologia.