sexta-feira, maio 06, 2005

Estados de Alma

Hoje é assim que me sinto.
Acho que vivemos tristemente, buscando a felicidade nos artefactos de consumo que nos rodeiam.
Endividamo-nos para ter a casa ou o carro dos nossos sonhos, mas o desejo, uma vez realizado, rapidamente se transmuda em privação. Parafraseando Debord, a sociedade de consumo não eliminou a privação; tornou-a mais rica.
Escravizados pelos objectos que incessantemente perseguimos, razão última da nossa existência, acabamos reduzidos à condição de uma infância infeliz num presente perpétuo.