Razões e Culpas
Na continuação do excelente texto do Marvão e da troca de argumentos na respectiva caixa de comentários, parece-me importante não entrar em relativismos (conceito que hoje em dia se usa abundantemente) e justificações baseadas na auto-punição das democracias ocidentais.
Os actos terroristas são em si próprios um crime. Um dia alguém decide iniciar uma acção de colocação de bombas e, ou executa-o ele próprio, ou colabora com outros para o fazer. Este grupo de pessoas são culpados de assassínio. Todo o conjunto de pessoas que do atentado souberam antecipadamente e nada fizeram para o impedir são culpados de assassínio. Todos os que o encorajaram ou enquadraram filosoficamente ou religiosamente a acção são culpados de assassínio. Se estão enquadrados numa organização que tem como fio condutor da sua existência a prática continuada destes atentados, pode-se dizer que declaram um estado de guerra (apelo muitas vezes feito pelos seus líderes), conduzida em território do "infiel inimigo".
O desprezo pelas vidas, que se regem pelos direitos e liberdades individuais asseguradas nos estados democráticos, resulta em vítimas. Os criminosos abobinam essas vidas, como ficou demonstrado pelas declarações do assassínio de Theo van Gogh.
Resta-nos não tomar uma atitude passiva nessa guerra que parece ter sido imposta às democracias ocidentais. Até onde estamos preparados para ir na concessão de poderes aos estados, para vigiar os seus cidadãos, ou para levar a guerra aos países que suportam esses terroristas, são questões que vale a pena debater.
Os actos terroristas são em si próprios um crime. Um dia alguém decide iniciar uma acção de colocação de bombas e, ou executa-o ele próprio, ou colabora com outros para o fazer. Este grupo de pessoas são culpados de assassínio. Todo o conjunto de pessoas que do atentado souberam antecipadamente e nada fizeram para o impedir são culpados de assassínio. Todos os que o encorajaram ou enquadraram filosoficamente ou religiosamente a acção são culpados de assassínio. Se estão enquadrados numa organização que tem como fio condutor da sua existência a prática continuada destes atentados, pode-se dizer que declaram um estado de guerra (apelo muitas vezes feito pelos seus líderes), conduzida em território do "infiel inimigo".
O desprezo pelas vidas, que se regem pelos direitos e liberdades individuais asseguradas nos estados democráticos, resulta em vítimas. Os criminosos abobinam essas vidas, como ficou demonstrado pelas declarações do assassínio de Theo van Gogh.
Resta-nos não tomar uma atitude passiva nessa guerra que parece ter sido imposta às democracias ocidentais. Até onde estamos preparados para ir na concessão de poderes aos estados, para vigiar os seus cidadãos, ou para levar a guerra aos países que suportam esses terroristas, são questões que vale a pena debater.