Fogos florestais
O João Miranda comenta a notícia do DN, que dá conta daquilo que sempre me pareceu estar mais perto da realidade do que os "sound bites" produzidos pelas reportagens em directo das frentes de incêndio: "Só 20% dos incêndios são por fogo posto".
Mas se tivermos em conta que os fogos não provocados por causas naturais (relâmpagos, p.ex.) se devem à incúria ou à pura estupidez humana, quase que os podemos considerar fogos postos, embora numa categoria distinta daqueles que são ateados deliberadamente.
Senão vejamos dois comportamentos comuns no nosso país. O primeiro é a prática comum de atirar beatas acesas pela janela do carro sem consciência que ao irem parar à bermas, cheias de ervas ou restolho seco, se está a atear mais um fogo. O segundo exemplo é o das queimadas, feitas para destruir lixo, para queimar o restolho restante das ceifas, queimar os resto do mato resultante das limpezas (feitas, também, para impedir a propagação do fogo) ou, talvez ainda, como prática ancestral de adubagem da terra.
Em ambos os exemplos encontramos raízes na falta de civismo e de preocupações com o respeito da propriedade (própria e alheia). Em ambos encontramos mais um exemplo do país (ir)real que não vai mudar só com o "choque tecnológico".
Texto já colocado no Insurgente.
Mas se tivermos em conta que os fogos não provocados por causas naturais (relâmpagos, p.ex.) se devem à incúria ou à pura estupidez humana, quase que os podemos considerar fogos postos, embora numa categoria distinta daqueles que são ateados deliberadamente.
Senão vejamos dois comportamentos comuns no nosso país. O primeiro é a prática comum de atirar beatas acesas pela janela do carro sem consciência que ao irem parar à bermas, cheias de ervas ou restolho seco, se está a atear mais um fogo. O segundo exemplo é o das queimadas, feitas para destruir lixo, para queimar o restolho restante das ceifas, queimar os resto do mato resultante das limpezas (feitas, também, para impedir a propagação do fogo) ou, talvez ainda, como prática ancestral de adubagem da terra.
Em ambos os exemplos encontramos raízes na falta de civismo e de preocupações com o respeito da propriedade (própria e alheia). Em ambos encontramos mais um exemplo do país (ir)real que não vai mudar só com o "choque tecnológico".
Texto já colocado no Insurgente.