Menos Obra
Estamos em tempo de eleições autárquicas e a palavra “obra” anda na boca do mundo, ou melhor, dos candidatos aos órgãos do poder local : “Eu tenho obra feita, o senhor não!” ou “ chegou ao fim do mandato e não deixou obra”, expressões meio imaginadas por mim mas que encaixam que nem uma luva na nossa realidade.
Mas nunca se fala do reverso destas obras : quanto custaram ou vão custar aos eleitores, o seu impacto na qualidade de vida de todos nós.
E depois há a obsessão do crescimento, betão e mais betão, casas e mais casas e mais habitantes. Tem sido a receita para o desastre : especulação imobiliária e suburbanização da vida social e, em consequência, recuo da qualidade de vida.
Que país pretendemos legar às gerações vindouras?
A cidade onde vivo tem sido, desde há décadas, prisioneira dessa lógica, a ponto de me restar pouca crença no futuro; os danos que lhes causámos são irreversíveis, a obra dos homens às avessas com a natureza.
“Menos obra” já seria um começo.
Mas nunca se fala do reverso destas obras : quanto custaram ou vão custar aos eleitores, o seu impacto na qualidade de vida de todos nós.
E depois há a obsessão do crescimento, betão e mais betão, casas e mais casas e mais habitantes. Tem sido a receita para o desastre : especulação imobiliária e suburbanização da vida social e, em consequência, recuo da qualidade de vida.
Que país pretendemos legar às gerações vindouras?
A cidade onde vivo tem sido, desde há décadas, prisioneira dessa lógica, a ponto de me restar pouca crença no futuro; os danos que lhes causámos são irreversíveis, a obra dos homens às avessas com a natureza.
“Menos obra” já seria um começo.