A Ministra e os professores
Certeira a crónica de Eduardo Prado Coelho no Público de ontem.
É realmente ridículo que os professores tenham agora de responder a um toque de sineta ou antecipar a doença ou o imprevisto em caso de falta.
O teor da medida da ministra da Educação é profundamente demagógico, infelizmente inscrito na prática política deste governo, que à falta de ideias verdadeiramente reformadoras se limita quase só a invectivar e desclassificar as classes profissionais. Basta lembrar a história das estatísticas truncadas sobre as alegadas faltas dadas pelos professores, que teve como protagonista o inefável Valter Lemos, secretário de estado da Educação.
É muito provável que esta medida recolha o aplauso de muitos, em face da cultura de irresponsabilidade que grassa no país e de todos aqueles para quem a escola não é mais do que um depósito e que abdicaram da educação dos próprios filhos.
O professor era até há bem pouco tempo uma profissão prestigiada, assim o demonstravam os sucessivos inquéritos de avaliação do prestígio das diversas classes profissionais. Hoje, talvez já não o seja, pressente-se uma degradação do estatuto do professor.
Responsáveis? As sucessivas políticas do Ministério de Educação, que foram retirando cada vez mais poder ao professor, hoje quase desprovido de meios para fazer face à indisciplina na sala de aula, refém da pedagogia de que “o aluno tem sempre razão”; a excessiva valorização das actividades extracurriculares e a multiplicação das reuniões sobre tudo e nada, de que sobra cada vez menos tempo para a preparação das matérias e a valorização profissional do docente.
Longe de mim defender um qualquer regresso ao passado, não sou apologista de uma escola proto-fascista. Mas creio que algumas teses pedagógicas, hoje dominantes, (atravessam mesmo a clivagem política esquerda/direita) pertencem mais ao domínio do dogma ou das boas intenções do que ao da ciência. E tiveram um efeito pernicioso no ensino que temos.
Para piorar, esta atitude da ministra. Como quer o Governo melhorar o nosso ensino se projecta do professor a imagem de um irresponsável, sobre o qual é preciso ter rédea curta?
É realmente ridículo que os professores tenham agora de responder a um toque de sineta ou antecipar a doença ou o imprevisto em caso de falta.
O teor da medida da ministra da Educação é profundamente demagógico, infelizmente inscrito na prática política deste governo, que à falta de ideias verdadeiramente reformadoras se limita quase só a invectivar e desclassificar as classes profissionais. Basta lembrar a história das estatísticas truncadas sobre as alegadas faltas dadas pelos professores, que teve como protagonista o inefável Valter Lemos, secretário de estado da Educação.
É muito provável que esta medida recolha o aplauso de muitos, em face da cultura de irresponsabilidade que grassa no país e de todos aqueles para quem a escola não é mais do que um depósito e que abdicaram da educação dos próprios filhos.
O professor era até há bem pouco tempo uma profissão prestigiada, assim o demonstravam os sucessivos inquéritos de avaliação do prestígio das diversas classes profissionais. Hoje, talvez já não o seja, pressente-se uma degradação do estatuto do professor.
Responsáveis? As sucessivas políticas do Ministério de Educação, que foram retirando cada vez mais poder ao professor, hoje quase desprovido de meios para fazer face à indisciplina na sala de aula, refém da pedagogia de que “o aluno tem sempre razão”; a excessiva valorização das actividades extracurriculares e a multiplicação das reuniões sobre tudo e nada, de que sobra cada vez menos tempo para a preparação das matérias e a valorização profissional do docente.
Longe de mim defender um qualquer regresso ao passado, não sou apologista de uma escola proto-fascista. Mas creio que algumas teses pedagógicas, hoje dominantes, (atravessam mesmo a clivagem política esquerda/direita) pertencem mais ao domínio do dogma ou das boas intenções do que ao da ciência. E tiveram um efeito pernicioso no ensino que temos.
Para piorar, esta atitude da ministra. Como quer o Governo melhorar o nosso ensino se projecta do professor a imagem de um irresponsável, sobre o qual é preciso ter rédea curta?