O Novo Mundo
Fui tomado pelo último filme de Terrence Malick, O Novo Mundo, uma extraordinária experiência sensorial.
Vemos, primeiro, a água cristalina, a luz reflectida, depois, as árvores e o céu. Somos então envolvidos pela harmonia dos sons da Mãe Natureza.
Eu sei que esta natureza animada de espiritualidade é um traço do cinema de Malick (basta invocar o precedente The Thin Red Line,), mas soçobrei outra vez à sua beleza.
Confesso que não resisti a esta forma filmar a natureza, agreste para os colonos de Sua Majestade chegados a este Novo Mundo e possuídos pela promessa de uma nova Idade de Ouro; encarnação do paraíso perdido onde tem lugar o amor entre o oficial inglês, John Smith, e a princesa índia, Pocahontas. São momentos idílicos, em que o lirismo impregna todo o espaço. O primeiro terço do filme é sublime.
Malick centra a narrativa em torno da Princesa Pocahontas, em cuja vida confluem o Mito e a História. Uma Pocahontas em harmonia com a natureza, talvez porque parte intrínseca desta, e cujos desígnios da alma parecem escapar ao entendimento humano. Ela suscita admiração e desejo entre os ingleses. Representa algo que verdadeiramente não podemos possuir.
O final, em Inglaterra, tem as marcas da redenção e a capacidade de nos reconciliar com o mundo. Aqui, temos algo novo no cinema de Malick (na sua, “mise-en-scène” este Novo Mundo não representa uma ruptura com a restante filmografia do autor).
Um filme muito precioso. Um poema em forma de imagens.
Vemos, primeiro, a água cristalina, a luz reflectida, depois, as árvores e o céu. Somos então envolvidos pela harmonia dos sons da Mãe Natureza.
Eu sei que esta natureza animada de espiritualidade é um traço do cinema de Malick (basta invocar o precedente The Thin Red Line,), mas soçobrei outra vez à sua beleza.
Confesso que não resisti a esta forma filmar a natureza, agreste para os colonos de Sua Majestade chegados a este Novo Mundo e possuídos pela promessa de uma nova Idade de Ouro; encarnação do paraíso perdido onde tem lugar o amor entre o oficial inglês, John Smith, e a princesa índia, Pocahontas. São momentos idílicos, em que o lirismo impregna todo o espaço. O primeiro terço do filme é sublime.
Malick centra a narrativa em torno da Princesa Pocahontas, em cuja vida confluem o Mito e a História. Uma Pocahontas em harmonia com a natureza, talvez porque parte intrínseca desta, e cujos desígnios da alma parecem escapar ao entendimento humano. Ela suscita admiração e desejo entre os ingleses. Representa algo que verdadeiramente não podemos possuir.
O final, em Inglaterra, tem as marcas da redenção e a capacidade de nos reconciliar com o mundo. Aqui, temos algo novo no cinema de Malick (na sua, “mise-en-scène” este Novo Mundo não representa uma ruptura com a restante filmografia do autor).
Um filme muito precioso. Um poema em forma de imagens.
É o que sucede quando Malick sai do recolhimento.