A receita liberal e os eleitores.
A leste, os liberais começam a colher o sabor da decepção, a rejeição expressa no voto dos eleitores. Já não bastava a Polónia ter provado que uma agenda assente na doutrina da Igreja é incompatível com o ideário liberal, com os polacos, em eleições legislativas e presidenciais, a sufragarem a plataforma católica e populista dos irmãos Kaczynski.
Também na República Checa, a vitória anunciada (dos liberais) ficou-se por Pirro, enquanto que agora na Eslováquia, terra da flat tax, os eleitores inclinaram-se para o partido de esquerda, que ao longo da companha denunciou a polarização social, o cavar do fosso entre ricos e pobres, legado de uma política de reformas que, entre outra coisas, negligenciou as transferências sociais.
Para muitos, os eleitores desafiam a Razão, teimam em não seguir o caminho indicado por uma legião de economistas e comentaristas “fazedores de opinião” que colonizaram o espaço público. E perante a desfeita, não hesitam em fazer recair epítetos sobre o pobre eleitor, “preguiçoso”, “avesso ao risco”, em suma, incapaz de compreender a bondade de tais políticas.
Tudo isto me faz lembrar os comunistas, que outrora diziam, dos eleitores, que se tinham deixado seduzir pelo canto da sereia...Se não votávamos no partido era porque estávamos manietados pela “falsa consciência”; hoje, se não votamos nos liberais, é porque o conforto do “Estado social” nos turva a razão.
Também na República Checa, a vitória anunciada (dos liberais) ficou-se por Pirro, enquanto que agora na Eslováquia, terra da flat tax, os eleitores inclinaram-se para o partido de esquerda, que ao longo da companha denunciou a polarização social, o cavar do fosso entre ricos e pobres, legado de uma política de reformas que, entre outra coisas, negligenciou as transferências sociais.
Para muitos, os eleitores desafiam a Razão, teimam em não seguir o caminho indicado por uma legião de economistas e comentaristas “fazedores de opinião” que colonizaram o espaço público. E perante a desfeita, não hesitam em fazer recair epítetos sobre o pobre eleitor, “preguiçoso”, “avesso ao risco”, em suma, incapaz de compreender a bondade de tais políticas.
Tudo isto me faz lembrar os comunistas, que outrora diziam, dos eleitores, que se tinham deixado seduzir pelo canto da sereia...Se não votávamos no partido era porque estávamos manietados pela “falsa consciência”; hoje, se não votamos nos liberais, é porque o conforto do “Estado social” nos turva a razão.