terça-feira, setembro 19, 2006

Perguntas relevantes

Não tenho, da utilização do instrumento referendo, a melhor das apreciações. Pela sua aplicação em matérias de moral e ética ou, mais imediatamente, pela sua instrumentalização numa revanche dos perdedores. Os resultados de um campeonato de referendos ao longo dos anos não justifica nada, não garante a força de Lei a qualquer decisão política para legislar em determinado sentido da questão referendada.
Vem isto a propósito do debate que se avizinha sobre o referendo sobre a I.V.G., vulgo aborto. Devo dizer que partilho com o Rodrigo as questões por ele levantadas no Blue Lounge (na sequência de uma animada discussão com Rui Albuquerque).
Pretendo votar no referendo que vier a ser proposto (é defeito: não resisto a votar sempre que posso). Embora tenha uma um conjunto de ideias, ou, se preferirem, valores, que poderão levar-me a votar de uma determinada maneira, continuarei igualmente atento à argumentação de quem pretende mudar a actual lei e dos que acham que tal como está já basta. E esta forma simplista como coloco a questão, como divido os campos, não esquece o que está em causa nem o quão apaixonada pode vir ser a discussão.