segunda-feira, novembro 13, 2006

Congresso Socialista

Não obstante ecos de preocupação por uma governação afastada das raízes socialistas, de esquerda pois claro, José Sócrates teve uma plateia rendida aos seus encantos. E aos da sua bem oleada máquina de propaganda (ao pé de Sócrates, Santana Lopes não passa de um pobre aprendiz de feiticeiro).
Líder popular, no partido e no país, é para a imensa maioria dos militantes socialistas a garantia da permanência do PS no governo da República por muitos e bons anos.
De pouco importa que a sua política de reformas seja no essencial dirigida contra esse povo de esquerda, que na hora da verdade não deixará no entanto de votar socialista. Mas o efeito imediato das medidas anunciadas que dão corpo à virtuosa política de reformas de que o país tanto carece, assaz aplaudida pela legião de comentaristas colonizadora do espaço público ou de opinião, não é a contestação da rua, mas sim a redução do partido da alternância (de governo) à quase insignificância política.