Mão Visível
O i é o único jornal onde é possível ter um outro olhar sobre a economia, para além do monolitismo vigente.
O João Rodrigues é um (bom) exemplo disso:
Uma fracção das nossas elites suspira por Angela Merkel e pelo FMI. É como se quisessem ver a economia portuguesa definitivamente canibalizada pelos representantes dos bancos internacionais, dos credores.
Geralmente, são os mesmos que nos colocaram nesta situação, apoiando um processo de integração monetária que, na sua configuração concreta, se revelou desastroso para a economia portuguesa. Os mesmos que aderiram à ruinosa moda das privatizações de sectores estratégicos, reconstituindo grupos económicos viciados nos bens não-transaccionáveis. Os mesmos que acham que basta liberalizar porque o mercado trata do resto. A "mão invisível" é invisível porque não existe, como disse Joseph Stiglitz.
São os mesmos que querem manter um capitalismo medíocre, incompatível com um Estado social moderno e com relações laborais promotoras da formação, motivação e participação de quem trabalha. Os mesmos que querem acabar com o investimento, reduzir salários e abocanhar recursos públicos. De braço dado com Merkel e com o FMI, que tem provas dadas nestas matérias, levam-nos, irresponsavelmente, para a recessão e para o desemprego.
Que fazer? Uma das possibilidades é lutar por um Estado estratego, garante da possibilidade da realização dos bens comuns na economia, como defende, entre outros, Manuel Alegre. Um Estado que imite o que muitos outros estados fazem, mas não dizem que fazem e por isso a sabedoria convencional não vê: uma política industrial que proteja e apoie os sectores nacionais inovadores e de maior valor acrescentado.
Na verdade, como assinala o economista Ricardo Paes Mamede no blogue Ladrões de Bicicletas, existe algum esforço governamental para dotar o país de uma política industrial digna desse nome, com vontade de reverter a posição excessivamente dependente do país a que os défices externos expõem todos os dias.
O artigo completo pode ser lido aqui.
O i é uma lufada de ar fresco num espectro comunicacional cada vez mais cinzento. Inovador na imagem e design gráfico, tem o pluralismo como marca sua.
O João Rodrigues é um (bom) exemplo disso:
Uma fracção das nossas elites suspira por Angela Merkel e pelo FMI. É como se quisessem ver a economia portuguesa definitivamente canibalizada pelos representantes dos bancos internacionais, dos credores.
Geralmente, são os mesmos que nos colocaram nesta situação, apoiando um processo de integração monetária que, na sua configuração concreta, se revelou desastroso para a economia portuguesa. Os mesmos que aderiram à ruinosa moda das privatizações de sectores estratégicos, reconstituindo grupos económicos viciados nos bens não-transaccionáveis. Os mesmos que acham que basta liberalizar porque o mercado trata do resto. A "mão invisível" é invisível porque não existe, como disse Joseph Stiglitz.
São os mesmos que querem manter um capitalismo medíocre, incompatível com um Estado social moderno e com relações laborais promotoras da formação, motivação e participação de quem trabalha. Os mesmos que querem acabar com o investimento, reduzir salários e abocanhar recursos públicos. De braço dado com Merkel e com o FMI, que tem provas dadas nestas matérias, levam-nos, irresponsavelmente, para a recessão e para o desemprego.
Que fazer? Uma das possibilidades é lutar por um Estado estratego, garante da possibilidade da realização dos bens comuns na economia, como defende, entre outros, Manuel Alegre. Um Estado que imite o que muitos outros estados fazem, mas não dizem que fazem e por isso a sabedoria convencional não vê: uma política industrial que proteja e apoie os sectores nacionais inovadores e de maior valor acrescentado.
Na verdade, como assinala o economista Ricardo Paes Mamede no blogue Ladrões de Bicicletas, existe algum esforço governamental para dotar o país de uma política industrial digna desse nome, com vontade de reverter a posição excessivamente dependente do país a que os défices externos expõem todos os dias.
O artigo completo pode ser lido aqui.
O i é uma lufada de ar fresco num espectro comunicacional cada vez mais cinzento. Inovador na imagem e design gráfico, tem o pluralismo como marca sua.