Marcelo Rebelo de Sousa deixa a TVI
O ministro dos Assuntos Parlamentares, Rui Gomes da Silva, revoltou-se contra o habitual comentário de Marcelo Rebelo de Sousa, no jornal de domingo passado da TVI.
O ministro não gostou do teor supostamente carregado de um ódio para com o governo de PSL que nem todos os partidos da oposição juntos poderiam transmitir. Achou também estranho a sua duração (45 minutos, ao que parece).
A Media Capital, através de Miguel Paes do Amaral, parece ter sido sensível aos argumentos do governo. Uma reunião com MRS, a pedido do administrador da estação, resultou no fim dos comentários domingueiros.
Aquilo que à primeira vista me pareceu uma zanga de comadres, um arrufo de picuinhices e desavenças partidárias antigas lavadas na praça pública, não me preocupou. Preocupou-me a presunção do ministro, e solidariamente de PSL que não o contradisse, que poderia usar a AACS para regular quem comenta o quê, onde e quando. O pedido do uso do "contraditório" com um comentador significa que a livre opinião só pode ser exercida mediante a disponiblidade de um oficial do governo para poder desdizer o falante.
Quem deve escolher o que ouve são os telespectadores (neste caso) ou os clientes dos jornais ou rádios, onde abundam os comentadores apoiantes das diversas tendências políticas. Os aparelhos de TV permitem mudar de canal facilmente! Se de alguma forma o governo ou o ministro se sentiram difamados ou injuriados, poderiam sempre recorrer aos tribunais para limpar a sua honra.
Resta saber como este caso será gerido dentro PSD; se estão dispostos a sujeitar MSR a um processo disciplinar ou não.
A Media Capital (à falta de mais informação disponível) parece ter cedido às pressões de um governante agastado mais com quem proferiu o comentário do que com o seu conteúdo - por mais que sugira o contrário. Gerir uma empresa que é uma estação de televisão poderá implicar submeter-se às pressões do regulador, de quem pode influenciar o mercado televisivo.
Nunca fui cliente dos comentários do Prof., mas os muitos que o eram poderão simplesmente deixar de ver a TVI no "prime time" de domingo. A diminuição de share e receitas publicitárias que isso acarreta, terão sido consideradas pela Media Capital. Coloca assim no mercado, um comunicador que nenhum "publisher" ou administrador de "Impresa", quer dizer imprensa, desprezará contratar. Mesmo assim a Media Capital preferiu concordar com o governo.
Este comentador não é um profissional da informação, um jornalista. Mas os que o são e que trabalham naquela redacção (bem como os das rádios e revistas do grupo) ficam a saber que estão sujeitos às pressões exteriores, via administração.
O ministro não gostou do teor supostamente carregado de um ódio para com o governo de PSL que nem todos os partidos da oposição juntos poderiam transmitir. Achou também estranho a sua duração (45 minutos, ao que parece).
A Media Capital, através de Miguel Paes do Amaral, parece ter sido sensível aos argumentos do governo. Uma reunião com MRS, a pedido do administrador da estação, resultou no fim dos comentários domingueiros.
Aquilo que à primeira vista me pareceu uma zanga de comadres, um arrufo de picuinhices e desavenças partidárias antigas lavadas na praça pública, não me preocupou. Preocupou-me a presunção do ministro, e solidariamente de PSL que não o contradisse, que poderia usar a AACS para regular quem comenta o quê, onde e quando. O pedido do uso do "contraditório" com um comentador significa que a livre opinião só pode ser exercida mediante a disponiblidade de um oficial do governo para poder desdizer o falante.
Quem deve escolher o que ouve são os telespectadores (neste caso) ou os clientes dos jornais ou rádios, onde abundam os comentadores apoiantes das diversas tendências políticas. Os aparelhos de TV permitem mudar de canal facilmente! Se de alguma forma o governo ou o ministro se sentiram difamados ou injuriados, poderiam sempre recorrer aos tribunais para limpar a sua honra.
Resta saber como este caso será gerido dentro PSD; se estão dispostos a sujeitar MSR a um processo disciplinar ou não.
A Media Capital (à falta de mais informação disponível) parece ter cedido às pressões de um governante agastado mais com quem proferiu o comentário do que com o seu conteúdo - por mais que sugira o contrário. Gerir uma empresa que é uma estação de televisão poderá implicar submeter-se às pressões do regulador, de quem pode influenciar o mercado televisivo.
Nunca fui cliente dos comentários do Prof., mas os muitos que o eram poderão simplesmente deixar de ver a TVI no "prime time" de domingo. A diminuição de share e receitas publicitárias que isso acarreta, terão sido consideradas pela Media Capital. Coloca assim no mercado, um comunicador que nenhum "publisher" ou administrador de "Impresa", quer dizer imprensa, desprezará contratar. Mesmo assim a Media Capital preferiu concordar com o governo.
Este comentador não é um profissional da informação, um jornalista. Mas os que o são e que trabalham naquela redacção (bem como os das rádios e revistas do grupo) ficam a saber que estão sujeitos às pressões exteriores, via administração.