Há que apontá-los a dedo e encostá-los a um canto!
Eu sei que a minha liberdade termina onde começa a dos outros. Quando, por falta de sensibilidade da minha parte, não me dou conta dessa fronteira, devo esperar (e espero) que quem se sente incomodado com o meu comportamento me o diga. Se por isso me apercebo que estou a prejudicar (inadvertidamente) o outro, ajusto o meu comportamento. Ou ajustamos ambos, de modo a ninguém sair prejudicado. Ou seja, somos livres e igualmente responsáveis pelos nossos comportamentos, atitudes e escolhas.
Não me parece que legislar o ostracismo dos fumadores seja uma boa ideia.
Eu conheço os argumentos de saúde. Sei que os passivos fumam as sobras dos activos. Mas sei também que deve ser livre a escolha de entrar num restaurante, baseando-nos simplesmente na decisão dos donos de gerirem (e o fazerem saber) um espaço para não fumadores ou um outro, onde um Camel ou um Davidoff depois do jantar são bem-vindos e podem ser devidamente apreciados e onde quem entra sabe o que encontrará.
No caso das discotecas, bares ou outros locais de diversão para adultos, a existência de liberdade de escolha ainda me parece mais evidente. Não quer partilhar o cigarro do dançante do lado, não entra. Ou então, se o mercado de não fumadores que frequentam discotecas fôr significativo, haverá certamente empresários a abrirem estabelecimentos "smoke free" (e os empresários da noite respondem rapidamente às tendências do mercado).
Enquanto o Estado continuar a cobrar os impostos que cobra no tabaco, não pode proclamar a sua elevada consciência moral através de legislação paternalista. Deixem as pessoas escolherem.