segunda-feira, novembro 15, 2004

Anacleto trata da Saúde em Setúbal

Louçã em Setúbal
«(...) "o Ministério da Saúde tem tido um facilitismo em relação aos grandes interesses económicos para a privatização dos hospitais do Serviço Nacional de Saúde" o que, na sua [de Louçã] opinião "é preocupante".»

O jornal "O Setubalense" relata a visita que o Dr. Francisco Anacleto Louçã fez ao hospital de S. Bernardo em Setúbal.
O Sr. Dr. ouviu as críticas dos outros Srs. doutores. Queixam-se eles que «"em nenhuma empresa se permite que a estrutura de gestão intermediária" – que é o caso deles – "esteja demitida todo este tempo e que a própria estrutura dirigente não fale com eles".»
Concordo inteiramente. Nenhuma empresa deixaria em exercício nenhum gestor tanto tempo depois de este se demitir e incompatibilizar com a sua administração. O mais certo era os próprios gestores demissionários sairem, por sua iniciativa, e em devido tempo.
Numa empresa haveria uma assembleia de accionistas, donos do capital e avaliadores das decisões passadas dos gestores e dos seus planos para o futuro.
No SNS, os contribuintes (e eventuais utentes), são quem financia os hospitais mas não podem escolher entre participar (ou seja, investir o seu capital) nestas "estruturas" ou escolher qual a parte do seu orçamento ou poupança que querem dedicar ao custo de se manterem saudáveis no presente e no futuro. São um sócio calado. Pagante, mas sem poder de decisão.