A Demissão
Sobre esta demissão, uma demissão de peso, só me vem a ideia de um país manietado pelas corporações do bloco central, de cuja máxima expressão são os investimentos faraónicos, sem os quais os sucessivos governos do país parecem não saber viver.
O problema não está no investimento público em si, mas na sua sujeição aos interesses dos aparelhos partidários, empresários da construção civil e autarcas. O betão, sempre o betão.
Perdeu-se a noção do Interesse Geral, e o Estado passou a ser apenas um instrumento nas mãos de grupos particulares que à sua sombra têm vivido.
Numa conjuntura política em que nos são pedidos sacrifícios, em que assistimos à subida dos impostos, ao aumento da idade de reforma e ao recuo de determinadas regalias sociais, não é admissível que se avance já nesta legislatura com projectos da dimensão da Ota, que, além de controversos, implicarão substanciais encargos para o erário público. E é ridículo quando nos pretendem fazer crer que haverá um efeito multiplicador no emprego e no crescimento económico.
Se continuasse em funções, o ministro da finanças acabaria por ver comprometido o esforço de redução do défice público e, pior ainda, ficaria com o ónus da culpa. O seu destino próximo era ser sacrificado na primeira remodelação governamental.
O problema não está no investimento público em si, mas na sua sujeição aos interesses dos aparelhos partidários, empresários da construção civil e autarcas. O betão, sempre o betão.
Perdeu-se a noção do Interesse Geral, e o Estado passou a ser apenas um instrumento nas mãos de grupos particulares que à sua sombra têm vivido.
Numa conjuntura política em que nos são pedidos sacrifícios, em que assistimos à subida dos impostos, ao aumento da idade de reforma e ao recuo de determinadas regalias sociais, não é admissível que se avance já nesta legislatura com projectos da dimensão da Ota, que, além de controversos, implicarão substanciais encargos para o erário público. E é ridículo quando nos pretendem fazer crer que haverá um efeito multiplicador no emprego e no crescimento económico.
Se continuasse em funções, o ministro da finanças acabaria por ver comprometido o esforço de redução do défice público e, pior ainda, ficaria com o ónus da culpa. O seu destino próximo era ser sacrificado na primeira remodelação governamental.