Uma Falácia
A Autoridade Nacional Palestiniana nada faz para impedir o terrorismo em Israel, argumento tão glosado pela direita pró-israelita da blogosfera.
Trata-se de uma falácia, pois não podemos exigir a outrem que aja quando insidiosamente o privamos dos meios de acção. É que para agir não basta querer, é preciso poder.
Ora, Israel empenhou-se ao longo dos últimos anos em erodir a ANP, com a destruição das suas estruturas militares e administrativas. Com o vácuo criado beneficiaram os extremistas, Hamas, Jihad Islâmica e uma miríade de grupos armados, que impõem a lei no território de Gaza.
Em suma, Israel destruiu as estruturas formais de poder, o embrião de um Estado, contribuindo, de forma involuntária, é certo, para a ascensão do Hamas, que, pelo carácter informal da suas organizações, não era um alvo tão fácil de atingir quanto a ANP.
Hoje, a ANP não tem simplesmente força para desarmar tais grupos, sendo obrigada a negociar, mais do que a impor a sua autoridade em todo o território; não pode mergulhar Gaza numa luta fratricida de consequências imprevisíveis.
Importa ainda dizer que a retirada unilateral de Gaza não se inscreve em nenhuma agenda negocial, mas tão-só numa fria realidade : a protecção dos colonatos era cada vez mais dispendiosa e a prazo insustentável por força da demografia; foi isso mesmo que Sharon invocou num discurso à nação israelita. E quanto a Jerusalém Oriental e à Cisjordânia, aí é uma outra história.
Trata-se de uma falácia, pois não podemos exigir a outrem que aja quando insidiosamente o privamos dos meios de acção. É que para agir não basta querer, é preciso poder.
Ora, Israel empenhou-se ao longo dos últimos anos em erodir a ANP, com a destruição das suas estruturas militares e administrativas. Com o vácuo criado beneficiaram os extremistas, Hamas, Jihad Islâmica e uma miríade de grupos armados, que impõem a lei no território de Gaza.
Em suma, Israel destruiu as estruturas formais de poder, o embrião de um Estado, contribuindo, de forma involuntária, é certo, para a ascensão do Hamas, que, pelo carácter informal da suas organizações, não era um alvo tão fácil de atingir quanto a ANP.
Hoje, a ANP não tem simplesmente força para desarmar tais grupos, sendo obrigada a negociar, mais do que a impor a sua autoridade em todo o território; não pode mergulhar Gaza numa luta fratricida de consequências imprevisíveis.
Importa ainda dizer que a retirada unilateral de Gaza não se inscreve em nenhuma agenda negocial, mas tão-só numa fria realidade : a protecção dos colonatos era cada vez mais dispendiosa e a prazo insustentável por força da demografia; foi isso mesmo que Sharon invocou num discurso à nação israelita. E quanto a Jerusalém Oriental e à Cisjordânia, aí é uma outra história.