A luz em Lisboa
Há tempos, disse a uma amiga alfacinha que em Lisboa me desgostava o tom sombrio que encontro em muitas das suas ruas, em algumas das suas zonas históricas. Ela, emigrada na margem sul, rebateu a minha opinião. Nada disso; nada como ver Lisboa pelo sol que nasce para me arrepender do que dizia.
Hoje, ao atravessar a 25 de Abril, como em milhares de outros dias, algo de novo. Do lado poente, a negritude absoluta logo seguida de uma bátega de água imensa e continuada. Do lado nascente, a confirmação das suas palavras, com Lisboa a receber a luz do sol enquanto este amanhecia lá longe, por detrás do estuário e dos flamingos de Alcochete, vista por detrás da cortina de água em que a ponte se escondia. Aí sim, consegui aperceber-me que Lisboa não é sombria. Como prémio pela descoberta, dois arco-íris.
Hoje, ao atravessar a 25 de Abril, como em milhares de outros dias, algo de novo. Do lado poente, a negritude absoluta logo seguida de uma bátega de água imensa e continuada. Do lado nascente, a confirmação das suas palavras, com Lisboa a receber a luz do sol enquanto este amanhecia lá longe, por detrás do estuário e dos flamingos de Alcochete, vista por detrás da cortina de água em que a ponte se escondia. Aí sim, consegui aperceber-me que Lisboa não é sombria. Como prémio pela descoberta, dois arco-íris.