Pobres mas honrados
O Sr. Presidente, ontem (via RR):
Texto já colocado no Insurgente.
Quem enriquece sem se ver donde lhe vem tanta riqueza terá de passar ao menos a explicar à República como e quando, isto é, a ter de fazer prova da proveniência lícita dos seus bens. (...) os cidadãos inexplicavelmente enriquecidos terão de explicar, para que a justiça e a moralidade sejam repostas
É a promoção do pobrezinhos mas honrados, que ricos, num país tão desgraçado como o nosso, só se participarem em negócios indignos e ilegais. Os ricos, obviamente são todos culpados de um crime qualquer. O estado de "rico" é algo a que as pessoas de bem e com nada a esconder não devem almejar.
Sejamos desconfiados. Por detrás de cada porta da vizinhança, em todas as vizinhanças, há um velhaco capaz de não declarar todos os rendimentos que lhes permitem as vidas faustosas, indignas de cidadãos honrados.
Eu bem desconfio dos milhares que todos os dias entopem os acessos a Lisboa nos seus carros particulares. E as listas de admissão para os colégios particulares? Todos os anos desconfio dos milhares que vão passar férias aos trópicos.
Nós sabemo-lo. Com aquele dedo que adivinha. E dizemo-lo aos amigos, aos colegas, aos companheiros de honradez. Os outros andam metidos em algo ilícito.
Contra isto, pede-se a declaração pública de honra, a prova de inocência.
Será que as propostas do Sr. Presidente não espelham apenas a desconfiança mesquinha entre os cidadãos e a confiança absoluta nos poderes benignos do Estado omnipotente e dos seus impolutos e insuspeitos agentes?
Sejamos desconfiados. Por detrás de cada porta da vizinhança, em todas as vizinhanças, há um velhaco capaz de não declarar todos os rendimentos que lhes permitem as vidas faustosas, indignas de cidadãos honrados.
Eu bem desconfio dos milhares que todos os dias entopem os acessos a Lisboa nos seus carros particulares. E as listas de admissão para os colégios particulares? Todos os anos desconfio dos milhares que vão passar férias aos trópicos.
Nós sabemo-lo. Com aquele dedo que adivinha. E dizemo-lo aos amigos, aos colegas, aos companheiros de honradez. Os outros andam metidos em algo ilícito.
Contra isto, pede-se a declaração pública de honra, a prova de inocência.
Será que as propostas do Sr. Presidente não espelham apenas a desconfiança mesquinha entre os cidadãos e a confiança absoluta nos poderes benignos do Estado omnipotente e dos seus impolutos e insuspeitos agentes?
Texto já colocado no Insurgente.