Pouca vergonha
Via DN:
Para quem costuma referir a probidade da actuação das autarquias comunistas, aqui fica esta notícia que relata o que se está a passar na câmara de Setúbal. Os funcionários estão a tentar ser despedidos para poderem beneficiar do actual sistema de reformas, antes da entrada em vigor, em 2006, do novo regime de aposentações.
Aparentemente, Carlos de Sousa não encontra nada de anormal no que se tem passado. Eu aposto que também nem o Ministério Público, nem a IGAP, nem a Caixa de Aposentações, nem os sindicatos, nem nenhum órgão municipal encontrará nada de mal. Afinal, trata-se apenas de ajudar a câmara a reduzir o quadro de pessoal, transferindo o custo de pessoal para a CGA. Os pagadores serão sempre os mesmos (e nem vale a pena voltarmos a discutir se, em termos líquidos, os funcionários públicos pagam impostos ou outras prestações ao estado - não o fazem).
Se estes processos disciplinares fossem honestos, significaria que reina na CMS a completa anarquia, com os funcionários a folgarem quando lhes apetece, sem respeito pela hierarquia e pela sua função de servidores públicos, com prejuízo evidente para os utentes dos serviços camarários. É à falta de respeito que se presta quem assim actua e quem a isto permite ou incentiva. Uma pouca vergonha.
Texto já colocado no Insurgente.
A Câmara Municipal de Setúbal aposentou compulsivamente, nos últimos meses, dezenas de funcionários com mais de 30 anos de serviço ou 65 anos de idade, na sequência de processos disciplinares, que, tudo indica, terão sido previamente combinados entre as estruturas dirigentes da autarquia e os trabalhadores visados.
Para quem costuma referir a probidade da actuação das autarquias comunistas, aqui fica esta notícia que relata o que se está a passar na câmara de Setúbal. Os funcionários estão a tentar ser despedidos para poderem beneficiar do actual sistema de reformas, antes da entrada em vigor, em 2006, do novo regime de aposentações.
Aparentemente, Carlos de Sousa não encontra nada de anormal no que se tem passado. Eu aposto que também nem o Ministério Público, nem a IGAP, nem a Caixa de Aposentações, nem os sindicatos, nem nenhum órgão municipal encontrará nada de mal. Afinal, trata-se apenas de ajudar a câmara a reduzir o quadro de pessoal, transferindo o custo de pessoal para a CGA. Os pagadores serão sempre os mesmos (e nem vale a pena voltarmos a discutir se, em termos líquidos, os funcionários públicos pagam impostos ou outras prestações ao estado - não o fazem).
Se estes processos disciplinares fossem honestos, significaria que reina na CMS a completa anarquia, com os funcionários a folgarem quando lhes apetece, sem respeito pela hierarquia e pela sua função de servidores públicos, com prejuízo evidente para os utentes dos serviços camarários. É à falta de respeito que se presta quem assim actua e quem a isto permite ou incentiva. Uma pouca vergonha.
Texto já colocado no Insurgente.