terça-feira, novembro 15, 2005

Educação Sentimental

Calma...
Não vai aparecer por aqui nenhuma rubrica periódica sobre tal coisa nem vou oferecer o meu sábio conselho sobre o assunto. Aliás, se ele valesse de alguma coisa, estaria disposto a negociar um preço, mas jamais o ofereceria.
Não.
O assunto é outro.
Trata-se de um programa/parceria entre a C.M.Setúbal e a escola secundária D.JoãoII que "pretende aprofundar a relação Autarquia-Escola-Comunidade, apoiar projectos educativos escolares, promover o livro e a leitura e contribuir para o desenvolvimento psicossexual e emocional harmonioso das crianças e jovens", "preencher uma lacuna na ligação da educação sexual com a expressão de sentimentos, emoções e afectos".
As crianças e os jovens de agora nem sabem a sorte que têm. No meu tempo, há alguns obscuros e medievos séculos atrás, não havia nada disto. Se queríamos favorecer o nosso "desenvolvimento psicossexual" tínhamos de fazer pela vida. Para mais, nesses idos de antanho, as nossas amigas não colaboravam na nossa pretensão de vencer as lacunas na "educação sexual". Nem as professoras, algumas delas naturalmente dotadas para a tarefa, queriam participar em actividades que nos ajudassem a exprimir os "sentimentos, emoções e afectos" daqueles adolescentes altamente testosteronizados. Pior ainda: tinham o péssimo hábito de sequestrar todas as publicações científicas da especialidade que tínhamos de consultar, pouco incentivando a leitura.
Enfim...
Outros tempos.
Ah! E agora também têm o I-Pod.