Co-incineração
Agora que o processo de queima de resíduos industriais na Secil parece atingir a fase de concretização, foi reactivado o Movimento de Cidadãos pela Arrábida. O ex-candidato ao munícipio de Setúbal pelo BE antecipa as formas de luta (via RR):
"Pensamos que faria sentido apresentar uma providência cautelar [para impedir a co-incineração de resíduos industriais perigosos] enquanto não se resolve a questão da impugnação do estatuto do Parque Natural da Arrábida", disse o médico João Bárbara, um dos activistas do movimento.
"Percebemos agora que a exclusão da cimenteira da Secil, no âmbito do Plano de Ordenamento da Arrábida, foi feita de forma capciosa, para poder mais tarde vir a acolher a queima de resíduos perigosos"
Por outro lado, os Verdes planeiam apresentar uma queixa em Bruxelas por causa da co-inceneração decorrer numa área protegida. Este argumento parece-me um pouco frágil, uma vez que a acontecer, decorrerá no âmbito da actividade normal de uma cimenteira há muito instalada na Serra da Arrábida.
Há um ano atrás, o agora deputado por Setúbal e na altura cabeça de lista do PS, António Vitorino dizia que a co-incineração de resíduos industriais perigosos não viria a acontecer num governo PS (apoiando até o fim das operações da Secil, no âmbito da requalificação ambiental da Serra). Para mais, recordava ele, a própria empresa desinteressara-se do recurso a esse sistema (o mesmo foi referido pela Comissão de Acompanhamento Ambiental da Secil-Outão e em comunicado do ministério do Ambiente).
Seria um bom exemplo de comportamento parlamentar que o deputado Vitorino esclarecesse os seus eleitores sobre o rumo que a co-inceneração irá tomar. Infelizmente não tenho esperança que tal aconteça. Depois da figura de corpo "não-presente" que fez durante a campanha autárquica do PS (era candidato à assembleia municipal de Setúbal), duvido que ele se interesse muito por assuntos que afectem a cidade.
Há um ano atrás, o agora deputado por Setúbal e na altura cabeça de lista do PS, António Vitorino dizia que a co-incineração de resíduos industriais perigosos não viria a acontecer num governo PS (apoiando até o fim das operações da Secil, no âmbito da requalificação ambiental da Serra). Para mais, recordava ele, a própria empresa desinteressara-se do recurso a esse sistema (o mesmo foi referido pela Comissão de Acompanhamento Ambiental da Secil-Outão e em comunicado do ministério do Ambiente).
Seria um bom exemplo de comportamento parlamentar que o deputado Vitorino esclarecesse os seus eleitores sobre o rumo que a co-inceneração irá tomar. Infelizmente não tenho esperança que tal aconteça. Depois da figura de corpo "não-presente" que fez durante a campanha autárquica do PS (era candidato à assembleia municipal de Setúbal), duvido que ele se interesse muito por assuntos que afectem a cidade.