Hirsi Ali abandona a Holanda
Hirsi Ali, na sua carta de resignação ao lugar de deputada :
I came to Holland in the summer of 1992 because I wanted to be able to determine my own future. I didn’t want to be forced into a destiny that other people had chosen for me, so I opted for the protection of the rule of law. Here in Holland, I found freedom and opportunities, and I took those opportunities to speak out against religious terror.
First of all I wanted to put the oppression of immigrant women -- especially Muslim women – squarely on the Dutch political agenda. Second, I wanted Holland to pay attention to the specific cultural and religious issues that were holding back many ethnic minorities, instead of always taking a one-sided approach that focused only on their socio-economic circumstances. Lastly, I wanted politicians to grasp the fact that major aspects of Islamic doctrine and tradition, as practiced today, are incompatible with the open society.
A renúncia ao mandato parlamentar foi desencadeada por uma reportagem da televisão pública holandesa, que recuperava o facto (diga-se que há muito conhecido) de Hirsi Ali ter mentido quando do processo de naturalização.
Ora, em tais casos, a lei holandesa considera a aquisição da cidadania sem efeito. E como Hirsi era membro do partido liberal conservador (WD party), que no governo é o rosto de uma política de imigração cada vez mais rígida, foi obrigada pelos seus pares a renunciar.
Este episódio afectava particularmente a posição da ministra dos assuntos da imigração, Rita Verdonk, que aspira à liderança do partido.
Enfim, a conjugação de factores internos ao partido liberal conservador e as vicissitudes de uma política de imigração cada vez mais extremada conduziram a este triste desenlace. Para gáudio dos arautos do politicamente correcto e da esquerda refém do multiculturalismo.
Fica a Holanda, e a Europa, privada de um exemplo de grande coragem cívica, de uma mulher que amava acima de tudo a liberdade.
Ayaan Hirsi Ali parte para os Estados Unidos.