União Ibérica
Ainda não me debrucei sobre o Sol, mas chegaram-me ecos de uma sondagem muito iberista, nas parangonas deste semanário, certamente prova da infalibilidade do grande arquitecto, que há muito havia prenunciado tal fenómeno. Quando era a voz do Expresso, não se cansava de nos alertar para os riscos que correríamos enquanto nação.
Assim, muitos dos nossos compatriotas aspiram a uma União Ibérica (quase um terço dos inquiridos), olhando para o progresso de que desfruta o país vizinho, ao contrário de nós, cada vez mais em divergência com a Europa; crescemos, como é sabido, abaixo da media europeia.
Eu, pelo minha parte, não censuro “a falta de patriotismo” dos inquiridos lusos. Muito pelo contrário: como eles, também eu gostaria de desfrutar do progresso do país vizinho; do urbanismo que nas suas cidades vigora, muito mais humanas dos que as nossas. Gosto de Espanha, nunca me senti aí estrangeiro. E, além disso, Zapatero é preferível a Sócrates.
Há porém razões para sorrirmos: para além da progressiva integração económica entre Portugal e Espanha, os jovens portugueses procuram cada vez mais aprender a língua castelhana; e, por outro lado, o número de estudantes espanhóis no nosso país tem aumentado e muito. É só esperar que frutifiquem as relações, as uniões de facto e os casamentos. Pode ser que eles consigam a tão almejada união, sendo bem mais sucedidos do que outrora o foram as casas reais de Portugal e Espanha.
Eu, pelo minha parte, não censuro “a falta de patriotismo” dos inquiridos lusos. Muito pelo contrário: como eles, também eu gostaria de desfrutar do progresso do país vizinho; do urbanismo que nas suas cidades vigora, muito mais humanas dos que as nossas. Gosto de Espanha, nunca me senti aí estrangeiro. E, além disso, Zapatero é preferível a Sócrates.
Há porém razões para sorrirmos: para além da progressiva integração económica entre Portugal e Espanha, os jovens portugueses procuram cada vez mais aprender a língua castelhana; e, por outro lado, o número de estudantes espanhóis no nosso país tem aumentado e muito. É só esperar que frutifiquem as relações, as uniões de facto e os casamentos. Pode ser que eles consigam a tão almejada união, sendo bem mais sucedidos do que outrora o foram as casas reais de Portugal e Espanha.