Visto
James Ellroy não será fácil de filmar.
O autor de The Big Nowhere (O Grande Desconhecido, que li há uns anos e que se passa no mesmo ambiente que a Dália Negra) ou de L.A. Confidential (que resultou num filme de boa memória) é duro, sem misericórdia, para com os seus personagens. E com os leitores: o enredo é sinuoso, nada será o que parece. Talvez por isso, o livro sofreu várias alterações na sua passagem a argumento.
Brian de Palma tentou pôr tudo em duas horas. Talvez demasiada ambição para tão pouco tempo. A mim, assim me pareceu, dada a grande velocidade narrativa, especialmente na parte final do filme (onde se torna patente a dificuldade de explicar quão turtuoso é o caminho para a verdade nas histórias de Ellroy). Pode apenas ser que, como fã de Ellroy e deste tipo de contos negros (filmados e escritos), eu quisesse mais.
Bom desempenho dos actores. Mia Kirshner muito bem como a "Dália" (pudémos vê-la na série "A Letra L", na 2:). Josh Hartnett convicente, num personagem mais adulto. Quanto à sua mais que tudo na vida real, já se sabe que a menina Johansson é boa. Actriz. Nota positiva também (mais uma vez) para Hilary Swank.