Como não moderar
O debate com os candidatos à Câmara de Lisboa, promovido pela RTP1, não era fácil de gerir, atendendo ao número em presença. No entanto, nada justifica o triste espectáculo a que ontem assistimos, que teve como protagonista a jornalista Fátima Campos Ferreira; um exemplo de como não moderar um debate. Interrupções sucessivas, demasiado ruído, perturbando a exposição e o raciocínio dos candidatos, que quase não conseguiam articular uma só frase ou desenvolver qualquer ideia que fosse.
Talvez tenha sido o admirável mundo novo dos media a que temos direito, em que tudo é feito à imagem e semelhança da jornalista de televisão, ela é o centro do espectáculo, enquanto os outros são confinados a categoria de meros figurantes... É o umbiguismo dos media, e a realidade externa deixa de ter existência.
Foi revoltante ver o enfado e a arrogância, de Fátima Campos Ferreira, para com o candidato do Movimento Partido da Terra, quando este apresentava os gráficos dos aeroportos da Portela e de Heathrow. Ou a forma como, numa das intervenções, retirou a palavra à arquitecta Helena Roseta (aliás, percebeu-se desde o início do debate que esta candidata era incómoda, pelo que havia que reduzi-la à mínima expressão). No limiar da desonestidade.
Enfim, uma vergonha para o serviço público de televisão.
Talvez tenha sido o admirável mundo novo dos media a que temos direito, em que tudo é feito à imagem e semelhança da jornalista de televisão, ela é o centro do espectáculo, enquanto os outros são confinados a categoria de meros figurantes... É o umbiguismo dos media, e a realidade externa deixa de ter existência.
Foi revoltante ver o enfado e a arrogância, de Fátima Campos Ferreira, para com o candidato do Movimento Partido da Terra, quando este apresentava os gráficos dos aeroportos da Portela e de Heathrow. Ou a forma como, numa das intervenções, retirou a palavra à arquitecta Helena Roseta (aliás, percebeu-se desde o início do debate que esta candidata era incómoda, pelo que havia que reduzi-la à mínima expressão). No limiar da desonestidade.
Enfim, uma vergonha para o serviço público de televisão.