O jornalista e o economista
Em Portugal, os jornalistas desconfiavam do discurso do poder, buscando sempre desígnios ocultos por entre as beneméritas intenções de um qualquer governante.
Porém, com Sócrates tudo mudou, e os desígnios ocultos passaram ser procurados mais do lado das oposições; talvez por o governo ter distribuído empregos, em assessorias várias, por muito profissional da comunicação social, para não falar das famigeradas agências…
Mas onde não há sombra de desígnio oculto, é quando o actor do discurso é um dos economistas da nossa praça. Aí, o jornalista transforma-se num crente, pronto a escutar com reverência a verdade do professor de economia.
PS. A reverência pelo especialista não é apenas nossa, mas do Ocidente em geral. O capitalismo tecnocrático dos nossos dias foi beber às fontes de outros “ismos”, aqueles que marcaram a paisagem do século XX. É preciso remontar a eles, para perceber esta reverência pelo especialista.
Porém, com Sócrates tudo mudou, e os desígnios ocultos passaram ser procurados mais do lado das oposições; talvez por o governo ter distribuído empregos, em assessorias várias, por muito profissional da comunicação social, para não falar das famigeradas agências…
Mas onde não há sombra de desígnio oculto, é quando o actor do discurso é um dos economistas da nossa praça. Aí, o jornalista transforma-se num crente, pronto a escutar com reverência a verdade do professor de economia.
PS. A reverência pelo especialista não é apenas nossa, mas do Ocidente em geral. O capitalismo tecnocrático dos nossos dias foi beber às fontes de outros “ismos”, aqueles que marcaram a paisagem do século XX. É preciso remontar a eles, para perceber esta reverência pelo especialista.