F.C. Porto, o mal-amado
Sobre a exclusão do F. C. Porto da Liga dos Campeões, destaco este título do Jornal de Notícias, "Pela Primeira Vez fora da Europa desde o 25 de Abril".
Na verdade, bem poderemos dizer que o FCP é o clube do "25 de Abril", se nos lembramos da hegemonia dos "grandes" de Lisboa ao tempo da ditadura.
Como escreveu o colunista António Barreto, o Porto acabou por ser o "intruso", o tal clube de província que se intrometeu entre os dois de Lisboa. Com uma massa adepta que pouco extravasava as fronteiras da Invicta ou de Gaia, o clube foi colhendo ódios quase na mesma proporção dos títulos que ia coleccionando. O resto do país descobriu então que havia corrupção no futebol. A proverbial inveja lusa deu o tom: se o FCP prevalecia sobre os seus rivais da capital, clubes muito mais populares e com a dimensão nacional que dele não era atributo, então teria de haver algo de podre no Reino da Dinamarca.
Dos ecos que me chegaram do famoso apito dourado, sinto o lastro de práticas (muito pouco recomendáveis, diga-se) de há muito enraizadas. É pois provável que o Futebol Clube do Porto tenha sido justamente castigado. Também me parece que a esperteza barata dos seus dirigentes, coisa aliás muita portuguesa, ajudou à festa (refiro-me ao facto de não terem recorrido da sentença do Conselho de Disciplina). Mas seria injusto dizer que a hegemonia do Porto se deveu a práticas de corrupção (tentada ou consumada), e não aos padrões de exigência de que deu provas ao longo destes mais de vinte anos. Mas o coro de inveja feita prevalecerá. Consta que são mais de cinco...milhões.
Na verdade, bem poderemos dizer que o FCP é o clube do "25 de Abril", se nos lembramos da hegemonia dos "grandes" de Lisboa ao tempo da ditadura.
Como escreveu o colunista António Barreto, o Porto acabou por ser o "intruso", o tal clube de província que se intrometeu entre os dois de Lisboa. Com uma massa adepta que pouco extravasava as fronteiras da Invicta ou de Gaia, o clube foi colhendo ódios quase na mesma proporção dos títulos que ia coleccionando. O resto do país descobriu então que havia corrupção no futebol. A proverbial inveja lusa deu o tom: se o FCP prevalecia sobre os seus rivais da capital, clubes muito mais populares e com a dimensão nacional que dele não era atributo, então teria de haver algo de podre no Reino da Dinamarca.
Dos ecos que me chegaram do famoso apito dourado, sinto o lastro de práticas (muito pouco recomendáveis, diga-se) de há muito enraizadas. É pois provável que o Futebol Clube do Porto tenha sido justamente castigado. Também me parece que a esperteza barata dos seus dirigentes, coisa aliás muita portuguesa, ajudou à festa (refiro-me ao facto de não terem recorrido da sentença do Conselho de Disciplina). Mas seria injusto dizer que a hegemonia do Porto se deveu a práticas de corrupção (tentada ou consumada), e não aos padrões de exigência de que deu provas ao longo destes mais de vinte anos. Mas o coro de inveja feita prevalecerá. Consta que são mais de cinco...milhões.