quinta-feira, maio 29, 2008

Animal Collective


O concerto foi de grande vitalidade, como no Ginjal, há pouco mais de três anos. Mas desta vez, o contexto era outro e deu para melhor intuirmos as nuances que percorrem a música dos Animal Collective. Uma música pândega, barulhenta e divertida, mas também cheia de cuidados pormenores; feita de recursos sonoros vários. Nos concertos, é deliciosa ver a sábia recriação dos temas em disco, de que Avet Tare e cia dão mostras. Basta lembrar o que fizeram de Leaf House, canção do (magnífico) álbum Sung Tongs. Acima de tudo, há muito liberdade sonora. Ao vivo, a música dos Animal Collective está no seu elemento, bem poderíamos dizer, depois da noite de ontem.
Enfim, foi uma noite bem passada, pena que, para cumprir a tradição, a ZDB insista em não cumprir os horários anunciados e nos tenha brindado com os Animal Collective a horas tardias. É que a malta, sujeita ao primado do trabalho no sistema capitalista de exploração do homem pelo homem, não tinha outro remédio, senão trabalhar no dia seguinte... Até para podermos cumprir a nossa missão de consumidores.