segunda-feira, janeiro 24, 2005

Direito à opinião - II

Agora que alguns dias passaram desde o debate Louçã / Portas, algumas das minhas dúvidas continuam sem resposta.
Que considerações terão sido feitas, dentro do Bloco de Esquerda, aos requesitos estabelecidos por Louçã, para que opiniões possam ser emitidas? O que é que os defensores da despenalização/descriminalização alegaram em defesa da sua própria autoridade e sapiência sobre o assunto? E sobre os direitos dos não heterosexuais - quem não é homosexual não pode pedir que se respeite a igualdade de direitos para estes cidadãos? Qual foi a reacção dos diversos grupos, normalmente tão aguerridos nas suas convicções, que o BE usa (e que usam o BE) para serem a face visível das contestações de rua?
Que dizem os SMS trocados nestes dias?
Enquanto Louçã não retirar o que disse, ou explicar exactamente as implicações das suas afirmações, elas continuam válidas e, à falta de "contraditório", representam o seu pensamento. Mais grave seriam se implicassem que as opções da vida privada de Portas, pertubam o seu direito de expressar livremente as suas opiniões. Não gosto de puritanismos que associam a vida e conduta privada de um cidadão à sua actividade política - como no caso Buttiglione.

ADENDA: Através do "Desesperada Esperança", chego às análises dos demais dirigentes bloquistas sobre as afirmações de Louçã. São sintomáticas de quem é herdeiro de filosofias de pensamento único, demonstrando fobias não esperadas em quem tão prontamente sai à rua por causas tão politicamente afóbicas.