quarta-feira, fevereiro 09, 2005

A 200 Km do Bonfim

Às oito e meia de segunda-feira lá estava eu preparado para ver o Vitória . Não no Bonfim, mas lá em baixo na costa alentejana, seguindo o jogo pela televisão de um café. Mais alguns clientes se sentaram nas mesas à volta para seguir o jogo. Aguardo para ver o impacto que a mudança de "mister" trará à equipa. Nenhuma, à partida.
Apito inicial.
A meio de uma primeira parte desinteressante, alguém ao meu lado me diz que está surpreendido pela maneira como o Vitória está a aguentar o Boavista. Os primeiros quarenta e cinco minutos terminam sem história e não deixam saudades a ninguém.
Começa a segunta metade.
O vitória empolga-se e empurra o adversário para a sua grande área. Em campo, só uma equipa luta para ganhar. Como algumas vezes tem acontecido, a pontaria das chuteiras dos verdes não foi afinada. Apercebo-me que à minha volta se sofre de cada vez que o Vitória remata e falha. "Já deviam estar a ganhar", "bela equipa", "quem é aquele miúdo?"... Vou tentando explicar quem são e como têm jogado ao longo da época os atletas do Vitória.
Afito final. O vitória empata a zero.
"Sim, só nos faltam três pontos para assegurar a permanência", confirmo.
Os jogadores não o souberam, mas naquela noite, a 200 Km do Bonfim, houve mais uns quantos vitorianos que por hora e meia torceram pelo seu sucesso. O Vitória não é grande; é enorme!