Nova Setúbal
Continuo muito reticente em relação ao projecto imobiliário Nova Setúbal.
Parece-me uma repetição de erros do passado, a mesma fria lógica do crescimento a todo custo, da concentração urbana sem respeito pelos patrimónios natural e agrícola.
Em Setúbal, a história das últimas décadas fez–se de descaracterização urbanística, aglomerados habitacionais irromperam desordenadamente pelo território, com prejuízo para a vida das pessoas. Monte Belo ou o Bairro Afonso Costa são exemplos de intervenções desastrosas, acentuaram a suburbanização da vida social.
Creio que o gigantismo do projecto (7500 alojamentos para cerca de trinta mil habitantes) afectará o desenvolvimento sustentado do Concelho, pois assente na quantidade, filha de uma maximização do lucro (dos promotores imobiliários) lesiva do interesse colectivo. Atente-se nestes factos revelados pela Quercus : “Repare-se que do valor global de 54.216.837 euros que consta do Plano de Financiamento do Plano Pormenor, e que corresponde aos custos da urbanização geral, parques, zonas verdes e equipamentos, 40.508.873,62 euros (25.175.826 euros – Município de Setúbal, 15.333.047 – organismos públicos) serão custeados pelo erário público e apenas 12.295 368 euros pelos privados”. E, acrescentaria eu, os danos ambientais serão financiados com o dinheiro dos contribuintes; os lucros são privados, os prejuízos públicos.
Importa fazer da qualidade de vida um valor de primeira ordem, acima do imperativo da expansão urbano.
Parece-me uma repetição de erros do passado, a mesma fria lógica do crescimento a todo custo, da concentração urbana sem respeito pelos patrimónios natural e agrícola.
Em Setúbal, a história das últimas décadas fez–se de descaracterização urbanística, aglomerados habitacionais irromperam desordenadamente pelo território, com prejuízo para a vida das pessoas. Monte Belo ou o Bairro Afonso Costa são exemplos de intervenções desastrosas, acentuaram a suburbanização da vida social.
Creio que o gigantismo do projecto (7500 alojamentos para cerca de trinta mil habitantes) afectará o desenvolvimento sustentado do Concelho, pois assente na quantidade, filha de uma maximização do lucro (dos promotores imobiliários) lesiva do interesse colectivo. Atente-se nestes factos revelados pela Quercus : “Repare-se que do valor global de 54.216.837 euros que consta do Plano de Financiamento do Plano Pormenor, e que corresponde aos custos da urbanização geral, parques, zonas verdes e equipamentos, 40.508.873,62 euros (25.175.826 euros – Município de Setúbal, 15.333.047 – organismos públicos) serão custeados pelo erário público e apenas 12.295 368 euros pelos privados”. E, acrescentaria eu, os danos ambientais serão financiados com o dinheiro dos contribuintes; os lucros são privados, os prejuízos públicos.
Importa fazer da qualidade de vida um valor de primeira ordem, acima do imperativo da expansão urbano.