O desespero de Soares
Tivemos ontem o previlégio de ver o debate entre duas figuras marcantes da politica portuguesa das últimas décadas.
Será que o debate correspondeu às expectativas? Na minha prespectiva sim. Talvez não pela apresentação das idéias, mas porque marcou a forma como ambos os candidatos se apresentam nestas eleições.
Sobre o debates, Cavaco no final resumiu bem, disse que foi entrevistado por três entrevistadores. Também penso que foi nesse papel que Soares se apresentou, mas tinha de o fazer. Tinha de colocar em causa todos os aspectos do adversário, tentar que ele se desorientasse e que cometesse erros. O problema é que não conseguiu. Penso mesmo que Cavaco deu uma lição de como se pode estar num debate destas características, sendo constantemente interrogado e, ao responder, ir apresentando as suas idéias.
Quanto a Soares, a idéia com que fiquei é que foi perdendo o controle ao longo do debate. Os ataques de ordem ideológica, da postura que deve ter um chefe de estado, do passado de Cavaco, que são aceitáveis, compreensivéis e podem mesmo considerar-se uma obrigação por parte de Soares, passaram a ataques pessoais, que apenas mancharam o democrata que Soares é. Dizer que Cavaco não sabe conversar nada para além da economia, que pessoas que ele conhece vieram falar-lhe das prestações de Cavaco nos Concelhos Europeus, não abona em favor de Soares. Principalmente este ultimo argumento que, quando pediram para Soares explicitar o que queria dizer, argumentou que não seria elegante. Mas ele não foi elegante durante todo o debate, e falta de elegância é lançar boatos para o ar sem explicar. Mais, é cobardia. E sinceramente ninguém considera Soares cobarde, portanto estes ataques apenas se explicam pelo desnorte do candidato.
O desespero, o desnorte e a falta de controle de Soares, ficou visivel e atingiu o ponto máximo, quando a um quarto de hora do final do debate, interpelado por Cavaco Silva sobre se iria expor as suas idéias, disse: hie-de dizê-las. Mas o debate já tinha passado, mal de nós se as idéias do presidente para o país se expoem em 10min. Mas mesmo assim, depois disso, alguém percebeu as idéias de Soares?
Como disse Júdice nos seus comentários, de Soares fica o velho leão a lutar até ao fim. Dá gosto ver a força com que Soares se apresenta. Desesperado, desnorteado, mas lutador. Apenas se pede que faça esta última campanha com luta, mas com dignidade.
Será que o debate correspondeu às expectativas? Na minha prespectiva sim. Talvez não pela apresentação das idéias, mas porque marcou a forma como ambos os candidatos se apresentam nestas eleições.
Sobre o debates, Cavaco no final resumiu bem, disse que foi entrevistado por três entrevistadores. Também penso que foi nesse papel que Soares se apresentou, mas tinha de o fazer. Tinha de colocar em causa todos os aspectos do adversário, tentar que ele se desorientasse e que cometesse erros. O problema é que não conseguiu. Penso mesmo que Cavaco deu uma lição de como se pode estar num debate destas características, sendo constantemente interrogado e, ao responder, ir apresentando as suas idéias.
Quanto a Soares, a idéia com que fiquei é que foi perdendo o controle ao longo do debate. Os ataques de ordem ideológica, da postura que deve ter um chefe de estado, do passado de Cavaco, que são aceitáveis, compreensivéis e podem mesmo considerar-se uma obrigação por parte de Soares, passaram a ataques pessoais, que apenas mancharam o democrata que Soares é. Dizer que Cavaco não sabe conversar nada para além da economia, que pessoas que ele conhece vieram falar-lhe das prestações de Cavaco nos Concelhos Europeus, não abona em favor de Soares. Principalmente este ultimo argumento que, quando pediram para Soares explicitar o que queria dizer, argumentou que não seria elegante. Mas ele não foi elegante durante todo o debate, e falta de elegância é lançar boatos para o ar sem explicar. Mais, é cobardia. E sinceramente ninguém considera Soares cobarde, portanto estes ataques apenas se explicam pelo desnorte do candidato.
O desespero, o desnorte e a falta de controle de Soares, ficou visivel e atingiu o ponto máximo, quando a um quarto de hora do final do debate, interpelado por Cavaco Silva sobre se iria expor as suas idéias, disse: hie-de dizê-las. Mas o debate já tinha passado, mal de nós se as idéias do presidente para o país se expoem em 10min. Mas mesmo assim, depois disso, alguém percebeu as idéias de Soares?
Como disse Júdice nos seus comentários, de Soares fica o velho leão a lutar até ao fim. Dá gosto ver a força com que Soares se apresenta. Desesperado, desnorteado, mas lutador. Apenas se pede que faça esta última campanha com luta, mas com dignidade.