quarta-feira, maio 03, 2006

João Bénard da Costa, Democracia e Marx

Mas devo dizer que João Bénard da Costa já usufruía um estatuto de excepção, e uma das coisas que me parece que se justificava era precisamente esse estatuto. A democracia não é propriamente estabelecer regras universais para todas as pessoas, segundo aquele véu de ignorância que Rawls consagrou, mas dar a cada um o estatuto de especificidade que permite que exista justiça igual para todos. O que talvez Daniel Oliveira - se relesse Marx - pudesse descobrir.

Eduardo Prado Coelho, in Público, 1/5/2006.