Resposta em "e-mail aberto" (*)
Deixo-vos cópia da minha resposta:
Eu, obviamente, não assinarei.
Da mesma maneira que não "assinei" a favor do Museu Colecção Berardo de Arte Moderna e Contemporânea que vai ocupar todo o Centro de Exposições do CCB levando à saída do Museu do Design, cuja gestão será feita por uma fundação (Fundação de Arte Moderna e Contemporânea - Colecção Berardo). Também não assinei que metade da dotação [anual] da fundação (cerca de 500.000 euros, total 1.000.000 euros) fosse da responsabilidade do mesmo orçamento que agora não pode pagar a festa da música. E tudo devidamente planeado pelas mesmas omniscientes cabecinhas.
É que ao contrário do que os mais distraídos podem pensar, não se consegue comer o bolo e ter o bolo. Em alternativa, pode-se sempre diminuir o orçamento noutro lado: fecha-se um hospital ou umas escolas. Ou melhor: pode-se aumentar mais uma vez os impostos.
Mas se a preocupação dos subscriptores é a oferta musical, o CCB vai apresentar um novo festival (a 1ª edição é dedicada ao piano), com 51 concertos e com 400.000 euros de custo, em Abril de 2007. O anterior festival custava 1.200.000 de euros, ou seja, dois terços (66.66%) do total do orçamento do CCB para programação (metade do orçamento é dos nossos impostos).
Para terminar, mais um informação avulsa para quem se preocupa com a maneira como o estado distribui o dinheiro dos nossos impostos pelas diversas formas de arte: até 2016 a Fundação Berardo (com o alto patrocínio do Eng. José Sousa, nosso PM) vai receber 5.000.000 euros (cinco milhões) de subsídios (mais cinco do próprio bolso do Sr. Berardo).