Coisas do Sábado
Coisas do Sábado por causa do cinema.
Tinha pensado ir ver A Viagem a Itália, mas fui traído pelo sono profundo, ou as sequelas de uma semana de noites mal dormidas. Já era tarde portanto. Preparava-me para despender o tempo que restava daquela tarde de Sábado em desenfreado consumo. Tinha já planeado uma visita à Ananana, mas, em face do contratempo aludido, seguir-se-ia a Fnac. Mas eis que um amigo me sugeriu um filme inglês, do início da década de sessenta, que passava na Cinemateca às 18.30 h.
Para compensar a perda do Rosselini, lá me decidi a ir ver a dita película.
Não podia ter feito melhor escolha. A Taste of Honey, de Tony Richardson, é um filme cheio de vitalidade, com uma fotografia belíssima e excelentes actores que dão corpo a personagens cheias de vida.Tinha pensado ir ver A Viagem a Itália, mas fui traído pelo sono profundo, ou as sequelas de uma semana de noites mal dormidas. Já era tarde portanto. Preparava-me para despender o tempo que restava daquela tarde de Sábado em desenfreado consumo. Tinha já planeado uma visita à Ananana, mas, em face do contratempo aludido, seguir-se-ia a Fnac. Mas eis que um amigo me sugeriu um filme inglês, do início da década de sessenta, que passava na Cinemateca às 18.30 h.
Para compensar a perda do Rosselini, lá me decidi a ir ver a dita película.
A paisagem industrial, onde são visíveis os vestígios de decadência, é dominante ao longo do filme, que se centra na vida de uma família da working class, mãe e filha adolescente.
Arrojado, aborda o racismo e a homossexualidade (de uma forma madura raramente vista, longe dos estereótipos, profundamente humana; profundamente singular).
Tem um cunho documental, ao vê-lo percebemos onde foram beber realizadores britânicos como Ken Loach ou Mike Leigh.
Perdi o neo-realismoo italiano, mas ganhei o realismo britânico. E Rossellini haverá mais, ao longo desta semana e do próximo mês de Fevereiro.