Se eu pudesse votar...
A campanha para as intercalares lisboetas está a chegar ao fim, e as sondagens, em rigor, apenas prognosticam a vitória do socialista António Costa. O mais provável com maioria relativa. Mas não é de descartar totalmente a hipótese da maioria absoluta, num cenário de desmobilização dos eleitores da área do centro-direita (PSD e CDS).
A abstenção é aqui a grande incógnita, poderá ser determinante para as votações e escalonamento dos restantes candidatos, muito em particular, de Negrão, Carmona e Helena Roseta, sem esquecer o cabeça da lista da CDU, Ruben de Carvalho, que num cenário de deserção em massa dos eleitores (rumo às férias e às praias da periferia) poderá ver o seu resultado maximizado; em percentagem e número de vereadores.
Dado importante, porque não detectado pelas sondagens, é o sentido de voto daqueles cidadãos que habitando fora de Lisboa, nessa imensa periferia, permanecem recenseados na capital e aí exercem o seu dever cívico.
Como muitos, também eu não voto em Lisboa. Mas se pudesse, hesitaria entre a arquitecta Helena Roseta (a meu ver, a que melhor soube articular um discurso para a cidade e cuja campanha foi claramente prejudicada pela cobertura da RTP, esse serviço que temos ou merecemos) e José Sá Fernandes, pela coragem e denúncia cívica tão necessária a uma democracia que se quer amadurecida; saudavelmente crítica dos poderes instituídos. E tudo faria para não contribuir para a maioria absoluta de um candidato que ao longo da campanha se refugiou em generalidades e tão-só se limitou a recolher notáveis e interesses; incapaz de um pensamento para o bom governo da cidade.
A abstenção é aqui a grande incógnita, poderá ser determinante para as votações e escalonamento dos restantes candidatos, muito em particular, de Negrão, Carmona e Helena Roseta, sem esquecer o cabeça da lista da CDU, Ruben de Carvalho, que num cenário de deserção em massa dos eleitores (rumo às férias e às praias da periferia) poderá ver o seu resultado maximizado; em percentagem e número de vereadores.
Dado importante, porque não detectado pelas sondagens, é o sentido de voto daqueles cidadãos que habitando fora de Lisboa, nessa imensa periferia, permanecem recenseados na capital e aí exercem o seu dever cívico.
Como muitos, também eu não voto em Lisboa. Mas se pudesse, hesitaria entre a arquitecta Helena Roseta (a meu ver, a que melhor soube articular um discurso para a cidade e cuja campanha foi claramente prejudicada pela cobertura da RTP, esse serviço que temos ou merecemos) e José Sá Fernandes, pela coragem e denúncia cívica tão necessária a uma democracia que se quer amadurecida; saudavelmente crítica dos poderes instituídos. E tudo faria para não contribuir para a maioria absoluta de um candidato que ao longo da campanha se refugiou em generalidades e tão-só se limitou a recolher notáveis e interesses; incapaz de um pensamento para o bom governo da cidade.