A Imaculada Reforma
Reforma é a palavra que ocupa o centro do debate político na sociedade portuguesa. É inseparável deste país que é o nosso.
A reforma separa as águas: de um lado, temos os beneméritos promotores da mudança, do outro, a ímpia legião de privilegiados, vulgo, corporações e sindicatos.
Assim, toda a crítica é desvirtuada de sentido, porque deslocada das políticas; dito de outro modo, das reformas concretas.
Estamos, pois, perante uma imaculada reforma, boa por natureza, a que só mentes pouco sãs ou néscias se podem opor. A exemplo, se um professor se opõe à reforma da ministra Maria de Lurdes Rodrigues, é porque não quer ser avaliado ou perder outra sorte de privilégios. E tanto pior se ainda por cima for sindicalista, essa espécie de novos párias. Porque o que está em causa não é a reforma da ministra Lurdes Rodrigues, mas sim a ideia transcendente de reforma que se confunde com o bem.
É este o prodigioso mundo fabricado pela (eficaz) propaganda governamental, que alastrou à generalidade dos media de um país muito pouco dado ao exercício da crítica ou do escrutínio público. E cativo do lastro de servidão voluntária que faz com que, salvo raras excepções, directores e editores de órgãos de imprensa escrita, rádios e televisões escolham estar de bem com o poder.
Mas este mundo começou a abrir pequenas brechas. Talvez por não ser possível suspender a realidade ad eternum. Mas também por acção de muitos professores, que usaram a blogosfera para quebrar o monopólio do discurso da propaganda. Alguns blogues de professores afirmaram-se no espaço público (pelo número impressionante de visitas diárias) e a maré deixou de ser tão favorável ao governo.
A reforma separa as águas: de um lado, temos os beneméritos promotores da mudança, do outro, a ímpia legião de privilegiados, vulgo, corporações e sindicatos.
Assim, toda a crítica é desvirtuada de sentido, porque deslocada das políticas; dito de outro modo, das reformas concretas.
Estamos, pois, perante uma imaculada reforma, boa por natureza, a que só mentes pouco sãs ou néscias se podem opor. A exemplo, se um professor se opõe à reforma da ministra Maria de Lurdes Rodrigues, é porque não quer ser avaliado ou perder outra sorte de privilégios. E tanto pior se ainda por cima for sindicalista, essa espécie de novos párias. Porque o que está em causa não é a reforma da ministra Lurdes Rodrigues, mas sim a ideia transcendente de reforma que se confunde com o bem.
É este o prodigioso mundo fabricado pela (eficaz) propaganda governamental, que alastrou à generalidade dos media de um país muito pouco dado ao exercício da crítica ou do escrutínio público. E cativo do lastro de servidão voluntária que faz com que, salvo raras excepções, directores e editores de órgãos de imprensa escrita, rádios e televisões escolham estar de bem com o poder.
Mas este mundo começou a abrir pequenas brechas. Talvez por não ser possível suspender a realidade ad eternum. Mas também por acção de muitos professores, que usaram a blogosfera para quebrar o monopólio do discurso da propaganda. Alguns blogues de professores afirmaram-se no espaço público (pelo número impressionante de visitas diárias) e a maré deixou de ser tão favorável ao governo.