Alteração da programação: Por motivos alheios à vontade do Governo...
Quem nunca se sentiu frustado pela alteração da programação anunciada pelas estações de televisão ou pela constante alteração de horários de emissão dos programas (com o salutar objectivo de maximizar o share e as receitas publicitárias)?
Em Espanha, o Estado regulamentou e penalizou tal prática - . Segundo o "La Razón" , O Conselho de Ministros multou a Telecinco em €350.000 por ter trocado uma série por outra. É que a programação é anunciada e fixada com onze dias de antecedência! Foi a 1ª vez que, num mesmo ano, uma estação se envolveu em tal prática mais de duas vezes, tornando o caso importante o suficiente para ir à reunião do Governo. A infracção foi majorada por ter acontecido no "prime time" e dada a repercussão social de tal prática.
Embora, enquanto espectador, gostasse que não trocassem as horas às poucas séries que consigo acompanhar, a livre escolha permite-me poder mudar de canal. Se todos os que se sentem prejudicados procedessem assim, consistentemente, as shares em queda (condicionantes dos preços e tempos de publicidade) diriam aos gestores desses canais que a programação deveria ser menos volúvel. Uma espécie de "mão invísivel" nas audiências...
Nem sempre Espanha será um exemplo a seguir, como neste caso. Em Portugal discute-se a influência do Estado no sector da comunicação (RTP, RDP, TV Cabo, DN, Telepac,...) e se a saída de MRS da TVI teve a ver com pressões governativas (bem sucedidas, dados os interesses da MC em alargar a sua actividade no cabo, p.ex.) e conclui-se pela privatização completa do sector. Eu concordo.
Se tal acontecesse, seria necessário que não se caísse em práticas de sobre-regulamentação. Senão, via essa prática, o Estado (através do poder legislativo e mesmo do executivo) continuaria a ter uma "golden share" no funcionamento do mercado.
Em Espanha, o Estado regulamentou e penalizou tal prática - . Segundo o "La Razón" , O Conselho de Ministros multou a Telecinco em €350.000 por ter trocado uma série por outra. É que a programação é anunciada e fixada com onze dias de antecedência! Foi a 1ª vez que, num mesmo ano, uma estação se envolveu em tal prática mais de duas vezes, tornando o caso importante o suficiente para ir à reunião do Governo. A infracção foi majorada por ter acontecido no "prime time" e dada a repercussão social de tal prática.
Embora, enquanto espectador, gostasse que não trocassem as horas às poucas séries que consigo acompanhar, a livre escolha permite-me poder mudar de canal. Se todos os que se sentem prejudicados procedessem assim, consistentemente, as shares em queda (condicionantes dos preços e tempos de publicidade) diriam aos gestores desses canais que a programação deveria ser menos volúvel. Uma espécie de "mão invísivel" nas audiências...
Nem sempre Espanha será um exemplo a seguir, como neste caso. Em Portugal discute-se a influência do Estado no sector da comunicação (RTP, RDP, TV Cabo, DN, Telepac,...) e se a saída de MRS da TVI teve a ver com pressões governativas (bem sucedidas, dados os interesses da MC em alargar a sua actividade no cabo, p.ex.) e conclui-se pela privatização completa do sector. Eu concordo.
Se tal acontecesse, seria necessário que não se caísse em práticas de sobre-regulamentação. Senão, via essa prática, o Estado (através do poder legislativo e mesmo do executivo) continuaria a ter uma "golden share" no funcionamento do mercado.