Mudanças
Parece-me estarem criadas as premissas de reforço do "whishful thinking" em que alguns têm incorrido. Eu incluído.
Será talvez a altura dos nossos melhores quadros se disponibilizarem para servir o país. São várias as “chamadas ao serviço” e os indicadores para que tal seja necessário, importante e aconteça.
Não pelo prestígio e ascensão na carreira que tal pudesse proporcionar. Quando muito haveria o perigo do oposto. O desafio de poder ajudar a corrigir os problemas que afectam o país e a prepará-lo para o desafio que é pertencer à EU alargada a leste, deveria ser aliciante o suficiente para que os mais capacitados, com experiência nas vastíssimas áreas da vida onde o Estado está presente (saúde, seg. social, educação, finanças, cultura, ...), se disponibilizassem.
É certo que nos partidos, as escolhas de líderes e de governantes pouco tem a ver com o mérito e espírito de serviço público. Tem mais a ver com fidelidade canina ao líder que no momento tem a possibilidade de distribuir posições e benesses a quem por outro meio nunca se notibilizaria na vida. Muitas vezes são as carreiras iniciadas nas aberrantes “jotas” que ululantes catapultam os seus mais aguerridos jovens para cargos dentro das eleições partidárias e que anos mais tarde são recompensados pelo seu seguidismo (embora muitas vezes flexível e dirigido ao líder corrente).
Está obviamente em causa o quão pouco atractiva se tornou a política e o serviço da causa pública.
Quem me conhece, sabe que isto que escrevo pouco ou nada se deve a alguma admiração mais extrema por Cavaco Silva e a história da moedas forte e fraca.
Mas se os seus escritos, originados por objectivos mais ou menos óbvios quanto à sua intervenção no futuro do país, fizerem pessoas como António Borges tomar posição, então serviram para alguma coisa.
Mesmo Sócrates poderá ter a oportunidade de trazer para a actividade política pessoas que têm os conhecimentos e capacidades, de fora das actuais máquinas partidárias, para ajudar o país. Aguarda-se o novo programa que Vitorino vai escrever e quais as figuras que em cada área surgem como os possíveis implementadores dessas ideias. A questão é saber se os velhos do Restelo do PS estarão dispostos a ouvir que o mundo, onde esta pequena economia aberta existe, não se compadece mais com os resquícios marxistas que ainda possam ter. Eles que ainda esperam e lutam por uma frente de esquerda unida. Conheço quem jure rasgar o cartão de membro do PS se houver aliança com o BE...
Se as ideias e políticas que o país precisa para se libertar das amarras dos estatismo que sobrou do PREC só poderão ser aplicadas através dos partidos, elas podem e devem ser pensadas e discutidas fora deles. Os blogues têm dado o seu contributo para que uma imensa minoria desperte para o quão importante é participar.
O certo é que, como diz Pulido Valente, "a normalidade não volta". Espera-se por algo ou alguém novo. É isto messianismo ou "whishful thinking"?
Será talvez a altura dos nossos melhores quadros se disponibilizarem para servir o país. São várias as “chamadas ao serviço” e os indicadores para que tal seja necessário, importante e aconteça.
Não pelo prestígio e ascensão na carreira que tal pudesse proporcionar. Quando muito haveria o perigo do oposto. O desafio de poder ajudar a corrigir os problemas que afectam o país e a prepará-lo para o desafio que é pertencer à EU alargada a leste, deveria ser aliciante o suficiente para que os mais capacitados, com experiência nas vastíssimas áreas da vida onde o Estado está presente (saúde, seg. social, educação, finanças, cultura, ...), se disponibilizassem.
É certo que nos partidos, as escolhas de líderes e de governantes pouco tem a ver com o mérito e espírito de serviço público. Tem mais a ver com fidelidade canina ao líder que no momento tem a possibilidade de distribuir posições e benesses a quem por outro meio nunca se notibilizaria na vida. Muitas vezes são as carreiras iniciadas nas aberrantes “jotas” que ululantes catapultam os seus mais aguerridos jovens para cargos dentro das eleições partidárias e que anos mais tarde são recompensados pelo seu seguidismo (embora muitas vezes flexível e dirigido ao líder corrente).
Está obviamente em causa o quão pouco atractiva se tornou a política e o serviço da causa pública.
Quem me conhece, sabe que isto que escrevo pouco ou nada se deve a alguma admiração mais extrema por Cavaco Silva e a história da moedas forte e fraca.
Mas se os seus escritos, originados por objectivos mais ou menos óbvios quanto à sua intervenção no futuro do país, fizerem pessoas como António Borges tomar posição, então serviram para alguma coisa.
Mesmo Sócrates poderá ter a oportunidade de trazer para a actividade política pessoas que têm os conhecimentos e capacidades, de fora das actuais máquinas partidárias, para ajudar o país. Aguarda-se o novo programa que Vitorino vai escrever e quais as figuras que em cada área surgem como os possíveis implementadores dessas ideias. A questão é saber se os velhos do Restelo do PS estarão dispostos a ouvir que o mundo, onde esta pequena economia aberta existe, não se compadece mais com os resquícios marxistas que ainda possam ter. Eles que ainda esperam e lutam por uma frente de esquerda unida. Conheço quem jure rasgar o cartão de membro do PS se houver aliança com o BE...
Se as ideias e políticas que o país precisa para se libertar das amarras dos estatismo que sobrou do PREC só poderão ser aplicadas através dos partidos, elas podem e devem ser pensadas e discutidas fora deles. Os blogues têm dado o seu contributo para que uma imensa minoria desperte para o quão importante é participar.
O certo é que, como diz Pulido Valente, "a normalidade não volta". Espera-se por algo ou alguém novo. É isto messianismo ou "whishful thinking"?