sexta-feira, janeiro 14, 2005

O «monstro» é autofágico

No Portugal Diário:
"O Estado consome mais de metade (65,8 por cento) do que produz. (...)Apenas 20,6 por cento dos produtos e serviços têm como destinatários os cidadãos e as entidades empresariais recebem 18,1 por cento do bolo."
De acordo com o Diário Económico:
"Esta é uma das principais conclusões do relatório sobre as funções do Estado elaborado pela Inspecção-Geral das Finanças (IGF) em 2003, a pedido da anterior ministra das Finanças, Manuela Ferreira Leite, e que nunca chegou a ser tornado público.(...)Numa análise às atribuições dos diversos ministérios, o documento conclui que a Administração trabalha muito para si própria, existe uma duplicação de funções dentro dos próprios serviços e uma falta de articulação e de comunicação entre os diversos organismos públicos."

Certifica-se a autofagia da administração pública.
A gordura que alimenta tal prática vem dos nossos impostos. Assim sendo, o Estado desperdiça os rendimentos que retira aos contribuintes.

autofagia:
do Gr. autós, próprio + phag, r. de phagein, comer
s. f.,
nutrição à custa das reservas do próprio organismo.