Para refrescar a memória - II
Espero ter ficado claro na primeira parte do post o que esteve em causa durante o Verão de 75 e o que pretendiam os que estavam com o Dr. Cunhal, o que este pretendia para Portugal.
Foi-me lembrado por quem lá esteve, o que se passou em Odemira nessa altura e que o deputado comunista junta aos acontecimentos de Rio Maior. Nada surpreendentemente alguns pobres desgraçados, manobrados pelos controleiros locais (do partido e/ou dos sindicatos) tentaram ocupar várias propriedades. Alguns dos proprietários substituiram-se às funções que o estado deve assegurar de manter a segurança de pessoas e bens e assegurar o cumprimento da justiça e das leis. Alguns defenderam com armas as suas vidas e os seus bens.
A reforma agrária comunista previa a expropriação de terras para serem trabalhadas por quem não fazia a menor ideia de como transformar as UCP's em empresas agrícolas viáveis. Rios de dinheiro foram transferidos, com avales do ministério da agricultura. No fim tudo foi desperdiçado, como demonstrou a falência de UCP's e Coop. Agrícolas.
O PCP teve no período pós revolução um só objectivo: instaurar em Portugal um regime comunista autocrático à imagem estalinista do seu líder. Se não o conseguiu foi porque, promovendo a sua própria sobrevivência, se absteve de contra atacar durante e depois do 25 de Novembro, reconhecendo que os resultados das eleições demonstravam que só uma pequena percentagem da população queria substituir uma ditadura por outra. O povo, aparentemente, não se mostrou (como nunca o fez desde então) disposto a aceitar amanhãs que cantam por troca com a sua liberdade de participação.
Nos dias que correm, como em momentos do passado, há um aparente ónus a suportar pelos não filiados no PCP. De facto, neste país, quem não foi comunista deste 1917 não pode ter sido outra coisa que não colaboracionista. A mim estranha-me esta atitude em pessoas mais novas, muitos deles (como eu) crianças na década de 70. Até parece que a democracia parlamentar, o estado de direito com todas as suas instituições, é uma dádiva vermelha!
Foi-me lembrado por quem lá esteve, o que se passou em Odemira nessa altura e que o deputado comunista junta aos acontecimentos de Rio Maior. Nada surpreendentemente alguns pobres desgraçados, manobrados pelos controleiros locais (do partido e/ou dos sindicatos) tentaram ocupar várias propriedades. Alguns dos proprietários substituiram-se às funções que o estado deve assegurar de manter a segurança de pessoas e bens e assegurar o cumprimento da justiça e das leis. Alguns defenderam com armas as suas vidas e os seus bens.
A reforma agrária comunista previa a expropriação de terras para serem trabalhadas por quem não fazia a menor ideia de como transformar as UCP's em empresas agrícolas viáveis. Rios de dinheiro foram transferidos, com avales do ministério da agricultura. No fim tudo foi desperdiçado, como demonstrou a falência de UCP's e Coop. Agrícolas.
O PCP teve no período pós revolução um só objectivo: instaurar em Portugal um regime comunista autocrático à imagem estalinista do seu líder. Se não o conseguiu foi porque, promovendo a sua própria sobrevivência, se absteve de contra atacar durante e depois do 25 de Novembro, reconhecendo que os resultados das eleições demonstravam que só uma pequena percentagem da população queria substituir uma ditadura por outra. O povo, aparentemente, não se mostrou (como nunca o fez desde então) disposto a aceitar amanhãs que cantam por troca com a sua liberdade de participação.
Nos dias que correm, como em momentos do passado, há um aparente ónus a suportar pelos não filiados no PCP. De facto, neste país, quem não foi comunista deste 1917 não pode ter sido outra coisa que não colaboracionista. A mim estranha-me esta atitude em pessoas mais novas, muitos deles (como eu) crianças na década de 70. Até parece que a democracia parlamentar, o estado de direito com todas as suas instituições, é uma dádiva vermelha!